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Dilma comenta pesquisa e evita "salto alto"; Serra fica calado

A diminuição para cinco pontos percentuais nas intenções de voto para o seu principal rival, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi recebida com tranquilidade pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República. "Vou repetir o que repito há horas: a pesquisa é retrato do momento", afirmou a ministra durante visita a Monte Alegre (MG).

"Estamos em março, a eleição é em outubro e ninguém sobe de salto alto. É só o momento e a eleição ainda tem muito caminho para a gente andar."

A ministra também preferiu não confirmar se irá ou não participar de eventos ou inaugurações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após deixar o cargo na Casa Civil.

"A relação, a partir da minha saída, é mais o presidente indo nas minhas atividades, nas atividades de campanha como militante que ele é. Não estamos dando muito destaque e ênfase a isso", disse.

Para a ministra, a cartilha da Advocacia-Geral da União (AGU) apenas indica o que estaria proibido sob o "ponto de vista legal". A ministra não se arriscou a garantir que não participará de qualquer inauguração oficial do governo, mas também não desconsiderou essa hipótese. "Não te digo isso (não participar de inaugurações oficiais), porque posso participar, mas não é essa a atividade central."

Serra: "não comento pesquisa até outubro"

Já o presidenciável tucano e governador de São Paulo, José Serra, evitou comentar o resultado da pesquisa CNI/Ibope divulgada quarta-feira. "Não comento pesquisa nem quando estou disparado nem quando não estou disparado", afirmou o governador. "Pesquisa, até outubro ou novembro, eu nunca vou comentar."

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, minimizou o crescimento de Dilma nas pesquisas. Em conversa com internautas no Twitter, Guerra disse que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se manteve "estável" na pesquisa porque não faz campanha eleitoral antecipada, ao contrário do que diz ocorrer com a pré-candidata petista.

"Nós mantivemos uma posição estável com um governador em São Paulo, sem andar pelo Brasil, sem aparecer nas redes de TV, senão governando seu próprio Estado. O governador tomou essa decisão de governador de São Paulo", afirmou. "Essa decisão não foi fácil de manter. O Serra operou esse tempo todo como governador."

"A Dilma subiu 15 pontos, mas sabe de onde vieram os votos? Vieram 6% do Ciro (Gomes, PSB)", afirmou o senador. "Eles estão desidratando a candidatura do Ciro. Vieram 2% da Marina, que não fez campanha."

O PSDB pretende lançar oficialmente a candidatura de Serra no dia 10 de abril, segundo Guerra. De acordo com o tucano, a pré-convenção do partido para anunciar a candidatura do governador será em Brasília, em um evento que vai reunir a cúpula e a militância tucana.

Fonte: JB Online