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Possível divulgação de fotos de agentes faz CIA tremer

A CIA teme uma possível divulgação de fotografias de seus agentes durante interrogatórios contra supostos terroristas detidos na prisão americana da base militar ilegal de Guantânamo.

Tanto a Agência de espionagem quanto o Departamento de Justiça do país destaram a controvérsia por uma investigação secreta que permitiria difundir essas imagens, destacou o periódico The Washington Times.

O polêmico programa ofereceir apoio legal aos prisioneiros ao lhes permitir ver as fotografias de seus interrogadores. Entretanto, a CIA se opõe, alegando "motivos de segurança", pois isso poderia "arriscar a vida" de seus oficiais e familiares.

A disputa provocou uma reunião na última quinta-feira na Central entre o procurador federal Patrick J. Fitzgerald e autoridades da agência de espionagem.

O Washington Times diz que o secretário de Justiça, Eric H. Holder, já havia provocado a reação de muitos oficiais da CIA e de republicanos no Congresso.

Holder reabriu uma pesquisa em agosto passado na qual pretendia determinar se os interrogadores da CIA haviam agido de forma ilegal em suas sessões com os réus.

De acordo com fontes familiarizadas com o tema, o conflito atual implica empregados do Departamento de Justiça que apoiam um esforço dirigido pela Ong American Civil Liberties Union (ACLU).

Essa organização quer prestar assistência jurídica aos advogados militares dos presos do centro de detenção situado em Guantânamo, território oriental de Cuba ocupado ilegalmente pelos Estados Unidos.

A investigação está em curso há meses, mas recebeu novo impulso depois da descoberta, em fevereiro, de fotografias adicionais nas quais aparecem agentes terceirizados e oficiais da CIA, que poderiam estar em mãos da al-Qaida.

Em janeiro de 2009, em sua posse como presidente, Barack Obama assinou a ordem para que a CIA não só fechasse a prisão de Guantânamo em um ano como também encerrasse a sua rede de prisões secretas na Europa.

Mais de 12 meses depois, seguem ainda vigentes e em funcionamento tais símbolos das políticas de detenção do governo de George W. Bush.

Fonte: Agência Prensa Latina