Assembleia de jornalistas de Rádio e TV será nesta quinta-feira

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) realiza nesta quinta-feira (11/03) assembleia dos jornalistas de Rádio e TV para apreciar a proposta de aumento salarial.

A assembleia vai deliberar sobre a proposta de reajuste de 4,63% no piso salarial e 4,30% de correção dos salários acima do piso e demais cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos profissionais de mídia eletrônica. Apresentada na quarta rodada de negociação salarial, ocorrida na última quarta-feira (03/03) na sede da Superintendência Regional do Trabalho em Emprego, a proposta prevê ainda a manutenção da cláusula da Reportagem Especial, direito histórico dos trabalhadores que as empresas ameaçavam excluir da CCT dos jornalistas, e a criação de uma comissão paritária, composta por trabalhadores e patrões, para continuar as negociações em torno das novas reivindicações da categoria ainda não atendidas pelas empresas, tais como vale-refeição de R$ 10,00, oferecimento contínuo de cursos de capacitação e a criação de uma comissão de saúde para melhorar as condições de trabalho nas redações.

Se a assembleia aprovar a proposta, o piso salarial dos jornalistas de rádio e TV sobe para R$ 1.519,48, o seguro por morte ou invalidez para R$ 39.629,42 e a Reportagem Especial para R$ 867,11 por minuto de texto e R$ 469,14 por minuto de imagem.

Aumento real e avanço nas conquistas

A inflação acumulada nos 12 meses que antecederam a data-base dos jornalistas de mídia eletrônica (1º de janeiro) fechou em 4,11%. Isso quer dizer que, independente da aprovação do acordo na assembleia do dia 11, os jornalistas de mídia eletrônica já asseguraram ganho real (acima da inflação) em todas as cláusulas econômicas da CCT.

"O seguro, a massa salarial e o piso alcançaram um aumento real de até meio por cento. A cláusula da Reportagem Especial, que as empresas tentaram extinguir, foi mantida e continuaremos negociando o vale-refeição, os cursos de capacitação e a comissão de saúde, reivindicações que haviam sido negadas pelas emissoras. Se não é um acordo excelente, é o acordo possível", avalia Claylson Martins, diretor do Sindjorce e coordenador da comissão de negociação dos trabalhadores.

Fonte: Sindjorce