8 de Março,ato unificado no Centenário do Dia da Mulher

 Fórum Social Mundial (FSM, seção Minas Gerais); União Brasileira de Mulheres (UBM); Movimento Popular da Mulheres (MPM) sindicatos de trabalhadores, associações classistas, entidades estudantis estarão manifestando, reivindicando e apontando problemas vividos pelas mulheres e que dizem respeito à sociedade em geral.

Em recente documento que se seguiu a ações junto às autoridades policiais e judiciárias do Estado, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) clamou por um basta à crescente onda de violência que se abateu sobre as mulheres da região metropolitana com a ação de um serial killer. O acusado dos crimes foi preso, mas a violência continua fazendo vítimas, mulheres. Razão de a parlamentar e demais entidades fazerem coro por infra-estrutura e pessoal capacitado; delegacias especializadas descentralizadas e implantação de Juizados Especial para agilizar os 25 mil processos hoje represados.

No boletim que está sendo distribuídos às mulheres desde o mês passado há dicas de como proceder em caso de ameaças e também de estupro. Há ainda endereços e telefones de hospitais e serviços em Belo Horizonte; Betim; Contagem e Ribeirão das Neves. No boletim a parlamentar alerta para o fato de a agressão sexual ser um crime de poder, controle e violência. “O silêncio é nosso inimigo. BASTA!”

Demandas
Aqui, a íntegra do editorial que tem o título: Basta! e informações sobre o ato público unificado: “À crescente escalada de crimes sexuais contra mulheres em Belo Horizonte e Região Metropolitana não tem correspondido uma ação efetiva das forças de segurança pública do Estado. Ao contrário, o desaparecimento de mulheres que há anos vem ocorrendo, bem como o encontro de corpos com marcas de extrema violência e matas e beiras de rodovias, alguns sequer identificados, só tem aumentado o sofrimento de familiares, amigos e levado medo e insegurança à população em geral.

Recentemente autoridades policiais anunciaram a ação de um serial killer na região Oeste da cidade e no bairro Industrial, em Contagem. Pelo menos três mulheres estupradas e mortas tinham material genético do estuprador. Suspeita-se que outros onze crimes tenham sido cometidos pelo maníaco. Haveria ainda um retrato falado do criminoso, não divulgado em razão da incerteza quando à sua real identidade. A situação tornou-se insustentável.

A resposta tem de ser à altura da ameaça existente. É preciso retomar o policiamento ostensivo, em especial nas regiões onde os fatos ocorrem. É preciso reforçar a ação da polícia científica e o uso dos equipamentos que agilizem a investigação; superem etapas e levem aos resultados esperados. O governo do Estado deve oferecer a infra-estrutura necessária, ampliando o número de profissionais e descentralizando as delegacias especializadas para atender às 15 mil denúncias.

O Judiciário deve implantar o Juizado Especial para garantir uma resposta ágil aos 25 mil processos existentes.As organizações da sociedade devem ficar em vigília permanente! A agressão sexual é um crime de poder, controle e violência. O silêncio é nosso inimigo. BASTA!
ATO UNIFICADO DO CENTENÁRIO DO DIA 8 DE MARÇO

Concentração às 13 horas na Praça da ALMG onde serão apresentadas atividades culturais e falas de representantes das entidades.
Trajeto:
-13h00: Concentração na Praça da Assembléia onde haverá manifestação de entidades e apresentação de atividades culturais.
-14h00 até 14h30: Saída da marcha(Paradas no Judiciário; Ministério Público; Banco Central)
-Descer avenida Olegário Maciel; seguir pela Rua Santa Catarina (Parada no Mercado Municipal); subir Avenida Amazonas até a Praça Sete. De lá seguir pela Avenida Afonso Pena ate a PBH.
Encerramento do ato no Parque Municipal.
MOTE: “8 DE MARÇO: 100 ANOS DE LUTA DAS MULHERES.”