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Eleições no Iraque terminam com 35 mortos e toque de recolher

Pelo menos 35 pessoas foram mortas em uma série de atentados a bomba no Iraque, neste domingo (7), quando os eleitores foram às urnas para escolher o novo parlamento. As explosões causaram também destruição física: dois prédios foram arrasados em Bagdá e em outras cidades, sob fogo de dezenas de morteiros.

De acordo com a BBC, as urnas foram fechadas às 17 horas (horário local), mas os eleitores na fila foram autorizados a votar. A violência não intimidou o eleitorado, que manteve longas filas nas portas das seções. Ao término da votação, o governo impôs o toque de recolher até as 5 horas da manhã de segunda-feira, segundo informação fornecida pelo comandante da operação de segurança, Haiden Khaled.

Segundo as autoridades, o objetivo da medida é garantir a segurança do transporte das urnas até os locais de apuração. Mais cedo, a capital do Iraque e a província de Diyala foram palco de diversos atentados que deixaram pelo menos 24 mortos e 44 feridos. As explosões de bombas e granadas ocorreram após a abertura das seções eleitorais para as eleições gerais realizadas no país neste domingo para definir o próximo governo iraquiano.

No ataque mais recente, quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas por um míssil Katyusha na avenida que liga o centro ao bairro de Al-Hurriya, zona norte da capital, informaram fontes do Ministério do Interior à agência de notícias espanhola Efe. A explosão de uma bomba perto de uma seção eleitoral no bairro de Al-Jihad, no oeste de Bagdá, matou dois civis e deixou outros cinco feridos.

Num atentado parecido contra outra seção eleitoral do mesmo bairro, outro civil ficou ferido. Também na zona oeste de Bagdá, duas pessoas morreram na explosão de uma bomba perto de uma escola no bairro de Al-Judra. Em outro ataque com mísseis Katyusha contra a principal via do bairro Al-Kariyat, também zona norte da capital, dez pessoas ficaram feridas.

Entre as dezenas de ataques que ocorreram até o momento, o mais sangrento ocorreu no distrito de Ur, zona leste de Bagdá, onde duas granadas atingiram dois prédios, deixando 12 mortos e oito feridos, segundo o Ministério do Interior. Além disso, outra explosão em um edifício matou quatro pessoas e outras oito feridas. Na explosão, o prédio ficou destruído.

Outras oito pessoas ficaram feridas quando participavam da votação, em outros três ataques ocorridos perto de seções eleitorais nos bairros de Al-Mansur e Al-Jihad, zona oeste, e de Al-Azamiya, zona norte. Projéteis também caíram em diferentes pontos de Bagdá, inclusive na chamada "zona verde", área especialmente fortificada e onde se localizam várias embaixadas e sedes de ministérios. No entanto, não há informações sobre vítimas nessa área.

No interior

Fora de Bagdá, na província de Diyala (que faz fronteira com o Irã), dois homens armados morreram ao explodir a bomba que tentavam colocar em uma estrada, na região de Jabara, situada a 115 quilômetros ao norte de Báquba, capital de Diyala. Além disso, vários ataques em diversas cidades dos arredores de Báquba contra centros eleitorais deixaram pelo menos um ferido.

Em Faluja, a 50 quilômetros do oeste da capital, dois artefatos explosivos deixaram quatro pessoas feridas, acrescentaram as fontes. Fontes do Ministério do Interior disseram que uma bomba explodiu nesta madrugada durante a passagem de um comboio do exército dos EUA ao norte de Báquba, mas só causou danos ao veículo.

A eleição é a segunda realizada desde a derrubada do governo de Saddam Hussein, em 2003, na invasão liderada pelos EUA. O atual primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, votou logo após a abertura das urnas. Ele se mostrou confiante de que esses atentados não afetarão as eleições no país.

Da Redação, com informações do Opera Mundi