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Comitê Central do PCdoB define nova direção partidária

Ao abrir a segunda reunião ordinária do novo Comitê Central eleito no último Congresso, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, apresentou a proposta para completar a composição do sistema de direção do Partido. No 12º. Congresso, o Comitê Central havia resolvido a questão da presidência e da vice-presidência e a composição da Comissão Política Nacional. A definição dos membros do Secretariado, das secretarias e das coordenações do trabalho partidário, ficou para esta reunião.

Renato Rabelo sistematizou um novo sistema de direção, defendendo a idéia de que o secretariado deva ser uma coordenação executiva das decisões tomadas no âmbito do Comitê Central e da Comissão Política Nacional. O secretariado, portanto, não se sobrepõe nem ao CC, nem à CPN. Mas coloca em operação a linha política decidida nas instâncias superiores, conforme definição estatutária.

Esta composição da direção vem sendo construída desde o ano passado, a partir da experiência vivenciada no anterior Comitê Central. Renato também observou que não deve existir rigidez na constituição do secretariado. Pode ser formado e alterado conforme as necessidades políticas concretas. Concebido desta forma foi apresentada a composição do novo secretariado: Renato Rabelo (Presidência); Adalberto Monteiro (Propaganda e formação); João Batista Lemos (Sindical); José Reinaldo Carvalho (Comunicação); Ronald Freitas, (Secretaria de Planejamento); Vital Nolasco (Finanças); Walter Sorrentino (Organização).

Em relação à Comissão de Controle, que vai aperfeiçoando seu trabalho, levou-se em conta o balanço do último mandato. Deverá realizar reuniões ordinárias a cada encontro do Comitê Central, julgando as questões relativas ao controle das atividades partidárias. Três nomes foram eleitos: Júlia Roland, Luiz Carlos Orro e Péricles de Souza. Serão convocados outros camaradas para dar suporte ao trabalho desta Comissão. O Grupo de Trabalho Eleitoral, por sua vez, terá um funcionamento permanente, mesmo em anos não eleitorais. Vai se preocupar com o processo eleitoral. Sua composição na proposta de Rabelo ficou assim: Renato Rabelo, Luciana Santos, Inácio Arruda, Ronald Freitas, Walter Sorrentino e Renildo Calheiros.

A Presidência do Partido passará a ser responsável por várias frentes de trabalho da direção: presidir a Comissão Política, o Secretariado Nacional, e o Fórum dos Movimentos Sociais, coordenar a Bancada Federal, o Grupo de Trabalho Eleitoral e representar o PCdoB em todas os fóruns institucionais nacionais.

Outra importante decisão da reunião co Comitê Central foi a aprovação da nova líder da Bancada Comunista na Câmara dos Deputados, assumindo esta responsabilidade a deputada Vanessa Grazziottin, do PCdoB-AM. O líder do Bloco parlamentar, PSB, PRB, PMN e PCdoB, já havia sido escolhido em Brasília, ficando esta tarefa com o deputado Daniel Almeida, do PCdoB-BA.

Na votação realizada durante a reunião foi incorporado o nome da ex-presidente da UNE, Lucia Stumpf, na Comissão Política Nacional.

Dentro da Comissão Política Nacional será responsável pela Secretaria Nacional da Juventude Júlio Vellozo, que já contribuía nesta frente de trabalho. Liége Rocha ficou como Secretária Nacional de Mulheres. A Secretaria Nacional de Movimentos Sociais passa a ser dirigida por Lúcia Stumpf.  A nova Secretaria Nacional da Mídia será liderada por Altamiro Borges, o Miro. Ricardo Abreu (Alemão) assume a secretaria de Relações Internacionais. Aldo Arantes permanece como Secretário Nacional do Meio Ambiente. E Eron Bezerra também continua responsável pela Secretaria Nacional da Amazônia e de Assuntos Indígenas.

A Coordenação da frente sobre a questão energética fica sob responsabilidade de Haroldo Lima. A Coordenação do Movimento da Educação é de responsabilidade de Madalena Guasco. Javier Alfaya assume a Coordenação do movimento de Cultura. A Coordenação do Movimento da Ciência e Tecnologia fica com Luís Fernandes. A Coordenação de Festejos Partidários ficará sob responsabilidade de Adalberto Monteiro, Liége Rocha, Vital Nolasco e um membro da comissão de comunicação. A indicação de nomes para a composição de cada uma destas secretarias ficará para as próximas semanas.

Desta maneira, com a votação secreta realizada durante a reunião foi completada constituição do sistema de direção nacional. Segundo Renato, o método utilizado foi o mais democrático possível. "Debatemos de forma sistemática e temos quadros à altura para o cumprimento exitoso destas tarefas", disse ele.

De São Paulo,
Pedro Oliveira

Atualizada dia 9 de fevereiro, às 21h