Campanha salarial de rádio e TV: empresas adiam negociação
Pela segunda vez em 16 dias, as emissoras de rádio e TV do Ceará desmarcaram a reunião de negociação da campanha salarial 2010 dos jornalistas de mídia eletrônica. Marcada para o dia 21 de janeiro, a segunda negociação foi adiada para o dia 4 de fevereiro.
Publicado 27/01/2010 11:36 | Editado 04/03/2020 16:34
Uma hora antes do compromisso, as empresas alegaram "incompatibilidade de agenda" para desmarcar a reunião, que foi empurrada para o próximo mês. Os trabalhadores entregaram a pauta de reivindicações no dia 14 de dezembro de 2009, mas até o momento apenas uma negociação ocorreu.
Os jornalistas reivindicam 4,11% (INPC) de reajuste, mais 5% de ganho real (acima da inflação), vale-refeição diário de R$ 10,00, cursos de capacitação, criação da comissão de saúde do jornalista com a participação de profissionais do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e a renovação de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva deTrabalho (CCT) dos jornalistas do segmento.
As empresas negaram todas as reivindicações dos trabalhadores, oferecem apenas 4,2% de reajuste e ainda querem extinguir a cláusula da Reportagem Especial, presente na CCT há mais de duas décadas. A cláusula estabelece valores mínimos por minuto para a produção de textos (R$ 910,60) e imagens (R$ 492,67) de reportagens especiais.
Fonte: Sindjorce