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PCdoB se solidariza com partido tcheco contra ações da direita

Em comunicado assinado pelo presidente Renato Rabelo e o secretário de Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho, o PCdoB manifesta sua “total solidariedade com o Partido Comunista da Bohemia e Moravia diante do crescimento e intensificação da campanha anticomunista na República Tcheca, cujo objetivo é calar a voz dos comunistas”. A nota foi emitida em resposta a documento divulgado pelo PCBM denunciando ações de setores conservadores do país que visam enfraquecer e banir partido.

Na nota, o PCdoB diz que “os comunistas tchecos expressam o pensamento de uma significativa parcela da população de seu país, sendo em termos eleitorais a terceira maior força política, pelo que qualquer tentativa de banimento do PCBM ou de intimidação quanto à sua livre ação política e social constitui grave crime contra a democracia e a liberdade”.

Segundo os dirigentes brasileiros, “o recrudescimento da campanha anticomunista seguramente está relacionado com a realização em maio deste ano das próximas eleições parlamentares na República Tcheca”.

Ainda de acordo com as lideranças do PCdoB, “a manobra da direita de impedir a livre manifestação e participação eleitoral dos comunistas soa como um golpe contra a democracia que a direita diz defender”.

Como forma de fortalecer a luta do PCBM por seu direito à participação democrática no cenário político de seu país, o PCdoB está divulgando, de todas as maneiras possíveis, a situação na República Tcheca e disse que comunicará sua “preocupação ao governo brasileiro e às demais forças políticas democráticas de nosso país, buscando demonstrar a falácia representada pela propaganda que advoga a existência de um regime democrático” naquele país.

Campanha anticomunista

A nota assinada por Vojtech Filip e Jiri Mastalka, presidente e vice-presidente do Partido Comunista da Bohemia e Moravia, explica que as ações contra o partido ocorrem há alguns anos, mas que especialmente nos últimos seis meses houve um sensível aumento desta “campanha anticomunista”, em que “a grande mídia informa de maneira injusta ou esconde os resultados obtidos com o trabalho do nosso partido”.

Conforme o comunicado, tal “campanha de ódio teve sua origem política no Senado do Parlamento Tcheco, que estabeleceu o Comitê Temporário para determinar a constitucionalidade do PCBM. Em 30 de outubro de 2008, o Senado debateu o relatório final (deste comitê) e, a despeito do fato de que – de acordo com o Estatuto – não havia o quorum necessário, aprovou-se tal relatório com 30 votos, num total de 81 senadores”.

No relatório, entre outros pontos, o comitê colocou que teriam sido encontrados “indícios de violação da Constituição da República Tcheca pelo PCBM”. Em 8 de dezembro de 2009, o Comitê Temporário, durante o governo interino de Jan Fischer, solicitou o envio do relatório com urgência à Suprema Corte Administrativa.

Para o PCBM, “lideranças da direita no Senado, entre outros, tomaram essa medida para tirar o foco da atenção popular de problemas crescentes, escândalos e corrupção, para aliviar a tensão social, em meio à crise econômica”.

Essas ações, ainda de acordo com os comunistas tchecos, são “uma reação desesperada à mudança do humor popular que expressava um maior desencanto com o capitalismo. Tudo isso demonstra o aumento da preocupação da direita tcheca que perde a confiança nela depositada. Seu objetivo é, portanto, intimidar e desencorajar os membros, militantes e eleitores potenciais do PCBM, no período que precede as eleições parlamentares na República Tcheca, que ocorrerão em maio de 2010”.

De acordo com o partido, “um dos objetivos da extrema direita é conseguir se não o banimento, ao menos a suspensão do PCBM das importantes eleições parlamentares futuras”.

Acompanhe a seguir a íntegra dos dois comunicados.

Da redação