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Honduras adia decisão sobre anistia a envolvidos no golpe

O Congresso Nacional de Honduras adiou até a posse dos deputados eleitos em novembro o debate de uma anistia para os envolvidos na deposição do presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho do ano passado.

Segundo o Uol Notícias, o vice-presidente da Casa, Ramón Velásquez, disse que os legisladores não têm tempo para discutir o assunto antes do final de seus mandatos e acrescentou que o debate sobre a anistia deve caber aos novos congressistas, que serão empossados em 25 de janeiro.

Mas para o vice-líder do Partido Nacional (de oposição e que terá a maioria do próximo Congresso), Antonio Rivera, "não se chegou a um acordo" sobre a iniciativa dos setores organizados, que ele atribuiu à existência de "confusão" sobre os efeitos da anistia.

"Acho que se manejou mal desde o início, não se deixou claro, confundiu-se anistia com impunidade e corrupção, e ao final a percepção foi que estávamos a preparando um perdão para tudo", disse.

Em cima do muro, o "presidente eleito", Porfirio "Pepe" Lobo, disse que apóia a concessão de anistia tanto para Zelaya, acusado se supostos atos inconstitucionais, quanto para os envolvidos na deposição, mas que cabe ao Congresso aprová-la. Lobo venceu a eleição não reconhecida pelo governo do Brasil  e de vários países da América do Sul de 29 de novembro para suceder Zelaya, e sua posse está marcada para o próximo da 27.

Com agências