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Marcha Mundial pela Paz e Não Violência passa por Pernambuco

 Depois de percorrer dezenas de países pedindo o fim das guerras, das armas nucleares e a eliminação de todo tipo de violência, a equipe base da Marcha Mundial pela Paz e Não Violência chegou ao Brasil nesta terça-feira (15) e a primeira parada é em Pernambuco, um dos estados mais violentos do país. Amanhã (16), o grupo participa de atos públicos nas cidades de Olinda, pela manhã, e no Recife à tarde e à noite.

Para ambas as ocasiões foram convocados crianças e jovens da rede pública de ensino, além de diversas entidades e movimentos sociais e culturais que decidiram se juntar a essa iniciativa. Em Olinda, a concentração ocorre a partir das 10h na Praça do Carmo, animada por bonecos gigantes e apresentações de grupos artísticos. De lá os ativistas iniciarão uma caminhada simbólica pasando pela Avenida Liberdade, Praça de São Pedro, Rua 27 de Janeiro, chegando até a Prefeitura.

Na Prefeitura de Olinda, a equipe internacional da Marcha Mundial pela Paz e Não Violência será recebida pelo prefeito Renildo Calheiros, que formalizará sua adesão à Marcha. Haverá a apresentação do Coral Vozes do Silêncio. Durante o ato, banners alusivos ao tema da Marcha serão estendidos na fachada da Prefeitura e os sinos de todas as igrejas da Cidade Patrimônio irão repicar no mesmo momento. A festividade mobiliza cinco secretarias: Educação; Esportes, Lazer e Juventude; Saúde; Patrimônio e Cultura; e Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos.

No Recife, o ponto de partida é a Praça da República, às 15h, onde a equipe base será recebida pelo governador Eduardo Campos. A caminhada simbólica pasará pela Ponte Buarque de Macedo, Avenida Rio Branco e Rua do Bom Jesus, com finalização na Praça do Arsenal da Marinha. A partir das 18h haverá a realização de shows dentro da programação do Ciclo Natalino recifense. Irão se apresentar Chinelo de Iaiá, Grupo Tokada, Coco de Umbigada do Guadalupe, DJ Zero, Tiger e Nação Corrompida. Os discursos serão traduzidos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Haverá, ainda, a ação de grafiteiros e frevioca. Um esforço que envolve as secretarias municipais de Cultura e de Direitos Humanos.

A MARCHA – A Marcha Mundial pela Paz e Não Violência é uma iniciativa apartidária impulsionada pela ONG internacional Mundo sem Guerras, em conjunto com diversas organizações e pessoas que pedem o fim das guerras, das armas nucleares e a eliminação de todo tipo de violência. Teve início na Nova Zelândia no dia 2 de outubro de 2009, dia do nascimento de Mahatma Gandhi e declarado pela ONU “Dia Internacional da Não-Violência”. Terminará dia 2 de janeiro de 2010 em Punta de Vacas, na Argentina, onde milhares de voluntarios irão debater e definir ações para os próximos anos aos pés da Cordilheira dos Andes.

Durante esses 90 dias, a Marcha pasará por cerca de 100 países e 300 cidades, nos cinco continentes. Em cada cidade, estão sendo realizados festivais, fóruns, conferências e outros eventos para criar consciência sobre a importância do tema. Milhões de pessoas já aderiram, incluindo artistas, intelectuais, políticos e outras personalidades, como os presidentes da Bolívia, Evo Morales; da Argentina, Cristina Kirchner; do Chile, Michelle Bachelet; do Equador, Rafael Correa; e da Croácia, Stejepan Mesic. Registramos, ainda, as adesões do ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter; de Portugal, Mario Soares; da Rússia, Mickail Gorbachev; e da viúva do ex-presidente francês François Miterrand.

Entre outras personalidades que aderiram à Marcha Mundial pela Paz e Não Violência podemos citar o líder espiritual do Tibet, Dalai Lama; a ativista guatemalteca Rigoberta Menchú (Nobel da Paz em 1992); o escritor José Saramago (Nobel de Literatura em 1998); e o escritor uruguaio Eduardo Galeano. No Brasil, entre tantas adesões, destacamos as do ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi; dos senadores da República Eduardo Suplicy e Cristovam Buarque; e do prefeito de Porto Alegre (RS), José Alberto Fogaça.

Em Pernambuco já aderiram o governador Eduardo Campos, o escritor e secretário especial de cultura Ariano Suassuna, a secretária de Direitos Humanos da Prefeitura do Recife Amparo Araújo, deputado federal Raul Henry, vereador por Olinda Marcelo Santa Cruz, o músico Canibal, a coquista Bete de Oxum e organizações como o Movimento Negro Unificado (MNU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), MovPAZ, Projeto Plante a Paz, Núcleo Acadêmico em Prevenção à Violência (UFPE), Casa Herbert de Souza, entre tantos outros. A lista completa pode ser conferida no site www.marchamundial.org.br.