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PC do Chile apoia proposta de acordo mínimo contra a direita

O Partido Comunista de Chile (PCC), que postula ao candidato presidencial Jorge Arrate, respaldou nesta sexta-feira (20) sua proposta de ou acordo mínimo ou entre três forças em carreira para evitar o triunfo da direita chilena.

Guillermo Teillier, presidente do PCC e candidato a deputado, aprofundou a iniciativa de Arrate de conseguir um acordo com os candidatos presidenciais Eduardo Frei, oficialista, e Marco Enríquez-Ominami, independente, para impedir o triunfo de Sebastián Piñera, de direita.

Trata-se de buscar compromissos agora para se pôr de acordo no segundo turno em 17 de janeiro, já que todas as pesquisas asseguram que nenhum candidato atingirá a maioria necessária nas eleições de 13 de dezembro.

Portanto, sempre segundo as últimas sondagens, Piñera poderia competir em dois palcos: contra Frei ou contra Enríquez-Ominami.

Ante a proposta de Arrate, Teillier reconheceu que tinha tido diversas reações e considera que a candidatura de Enríquez-Ominami não tem entendido bem a proposta, enquanto na de Frei ou alguns a acolheram, outros não estão tão de acordo.

"Nós, como Partido Comunista, a quem se nos tem acusado que já estaríamos certos para apoiar no segundo turno a candidatura eventual de Frei, se ele passar do primeiro turno, queremos dizer publicamente que temos a disposição de conversar também com Enríquez-Ominami, caso ele obtenha vaga no segundo turno", manifestou.

"Nós não estamos fazendo discriminação de candidato, estamos trabalhando por uma política", agregou.

Teillier recordou que o PCC sofreu todo o peso da ditadura ou e assegurou que, se Piñera vencer as eleições, vão fechar muitas portas aos comunistas e ao povo.

Depois de sublinhar que a iniciativa tem apoio, o dirigente político opinou que ou há um clamor popular de todos os setores progressistas que afirmam que, sendo minoria a direita neste país, seria fazer um harakiri permitir que as forças majoritárias não conquistem as eleições.

"Ou que não busquem uma fórmula como para compartilhar um sistema democrático que possa ser aperfeiçoado, aprofundado e que, ademais, seja um sistema de maior justiça social e de respeito ao direito das pessoas", agregou.

"A nós interessa substancialmente que, chegando a um acordo entre os três candidatos, que eles pusessem em primeiro lugar nessa plataforma mínima a luta contra a exclusão", sustentou Teillier.

Reiterou seu apoio à proposta de Arrate e esclareceu que isso não quer dizer que agora seja assinado um acordo, "acho que é um processo, o que tem que se declarar são as intenções agora porque as determinações sobre o segundo turno vamos tomar após o dia 13 de dezembro".

"De acordo com quem passar para o segundo turno, haverá reordenamento de forças políticas e estas são condicionantes para tomar uma determinação do que vamos fazer então", agregou.

Fonte: Prensa Latina