Jornalistas cearenses conquistam reajuste de 12,24% em 2009

O percentual supera o índice da inflação dos 12 meses que antecedem a data-base dos profissionais de veículos impressos (4,44%). Este é o segundo reajuste conquistado pela categoria este ano. O primeiro, no valor de 7,15% e retroativo a 1º de setembro de 2008, foi fruto de acordo celebrado em agosto passado, depois da decretação de uma greve e de negociações salariais que se arrastaram por longos onze meses. Segundo o Dieese, a soma dos dois índices significa uma variação acumulada de 12,24% de reajuste em 2009.

Além do ganho real, os jornalistas do Ceará também conquistaram a manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho 2008/2009. Os profissionais do Estado asseguraram ainda a criação de uma comissão paritária, composta por representantes dos trabalhadores e dos patrões, para continuar as negociações em torno de novas cláusulas reivindicadas pela categoria, tais como vale refeição diário no valor de R$ 10,00, comissão de saúde para acompanhar as condições de trabalho nas redações, campanha de sindicalização no âmbito das empresas e o oferecimento de cursos de capacitação aos trabalhadores.

Com a aprovação do acordo, o piso salarial unificado dos jornalistas de impresso (redator, noticiarista, repórter, arquivista-pesquisador, revisor, ilustrador, repórter-fotográfico e diagramador) passa para R$ 1.293,00 e o de assessor de imprensa para R$ 2.259,14. "O que alguns consideravam impossível – um reajuste acumulado superior a 12% no mesmo ano – foi conquistado graças à resistência do Sindjorce e ao bom senso das empresas. Esta é uma prova clara e irrefutável de que vale a pena lutar pela ampliação das conquistas dos trabalhadores", resumiu a presidente do sindicato, Déborah Lima.

Segundo ela, o próximo passo agora é começar a construir a campanha salarial dos jornalistas empregados em rádios e televisões, que têm data-base em 1º de janeiro de 2010. E a data da assembleia já está marcada: dia 20 de novembro, às 8 horas, na sede do Sindjorce. "Vamos começar tudo de novo", avisa Déborah Lima.

Fonte: Sindjorce