Lula Morais diz que fim do embargo a Cuba já é quase unânime

O deputado Lula Morais (PCdoB) afirmou, em pronunciamento feito na sessão desta quarta-feira (04/11), que a defesa do fim do embargo econômico e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba já é quase unânime entre os países do mundo.

O deputado citou reunião ocorrida em outubro último, na qual 187 dos 192 países com assento na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votaram a favor do fim do embargo. Apenas os Estados Unidos, Israel e Palau votaram contra e as Ilhas Marshall e Micronésia se abstiveram.

Lula Morais tachou o bloqueio econômico a Cuba como antidemocrático e genocida, já que muitas pessoas, especialmente crianças e idosos, não podem ser tratados com medicamentos americanos e acabam morrendo por falta de tratamento.

O deputado citou pronunciamento feito por ocasião da reunião da ONU pelo chanceler cubano Bruno Rodriguez Parilla, segundo o qual uma criança de seis anos que nasceu com uma doença cardíaca congênita teve que ser operada em março deste ano, com o coração aberto, porque o governo dos Estados Unidos proíbe que as empresas Numed, AGA e Boston Scientific vendam a Cuba os dispositivos Amplatzer e Embolização, para a realização do cateterismo pediátrico, que substitui a cirurgia.

Bruno Parillha afirmou ainda que não é possível adquirir um equipamento analisador de genes, essencial para o estudo da origem do câncer de mama, de cólon e de próstata, produzido por uma empresa norte-americana. “O bloqueio continua a ser uma política absurda que provoca escassez e sofrimento. É uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos”, afirmou o chanceler.

Em seu discurso na convenção da ONU, ele ainda citou casos de proibição de apresentações culturais em Cuba da orquestra filarmônica de Nova York e disse que artistas cubanos são impedidos de receber remuneração por suas apresentações aos norte-americanos.

Para Lula Morais, a decisão dos países na ONU representa que o mundo está cada vez mais consciente de que o bloqueio precisa ter fim, já que representa uma atitude antidemocrática e impede a relação cultural, acadêmica e científica de Cuba não só com os Estados Unidos, mas dificulta a interação com os demais países.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL