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Banco Mundial: economia chinesa deve crescer 8,4% neste ano

O Banco Mundial (BC) divulgou hoje (4) um relatório no qual diz que, com a impulsão do pacote de estímulo preparado pelo governo, a economia chinesa crescerá 8,4% neste ano. O banco ainda prevê que a taxa de crescimento econômico do país atinjirá 8,7% em 2010.

Segundo o relatório, devido à diminuição da demanda exterior, as exportações chinesas registram uma queda de 21% nos primeiros três trimestres em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, com a impulsão dada pelos investimentos governamentais de 4 trilhões de yuans, o consumo e o investimento interno do país estão mostrando sinais de recuperação, defendendo os impactos da diminuição da demanda exterior.

O economista de alto nível da representação do Banco Mundial na China Gao Luyi disse: "Achamos que as estatísticas referentes ao terceiro trimestre deste ano confirmam a recuperação da economia chinesa na recessão global, fato que desempenha um papel de incentivo tanto para a China como para o mundo. Na recessão global, a economia chinesa também foi bastante afetada, mas o plano de estímulo adotado pelo governo compensou os efeitos negativos causados pela diminuição da demanda externa. Constatamos que os investimentos em infraestrutura, a redução de impostos, o aumento de subsídios ao consumo e outras medidas surtiram bons efeitos. Por isso, a meta de crescimento econômico elaborada pelo governo chinês deverá ser concretizada, e prevemos um aumento da economia chinesa de 8,4% neste ano."

Porém, a grande quantidade de créditos e empréstimos liberados causará provavelmente o excesso do fluxo, o que aumentará a preocupação com a inflação. No relatório, o Banco Mundial avaliou que, considerando a recessão da economia mundial e o leve aumento do Índice de Preços ao Consumidor em setembro, a China não sofre agora pressão da inflação.

Como os empréstimos concedidos nos primeiros nove meses totalizaram 8,67 trilhões de yuans, uma alta de 5 trilhões em comparação ao mesmo período do ano passado, o Banco Mundial calcula que o volume total de empréstimos concedidos neste ano representará 30% do PIB anual do país. Assim, a qualidade e segurança dos empréstimos será um problema que merece mais atenção.

Gao disse: "Neste momento, a inflação não é o problema mais preocupante. Achamos que a espuma de capitais e empréstimos podres sejam os maiores riscos para o país e, por isso, as políticas monetárias devem virar austeras antes das financeiras. O governo chinês já se deu conta do problema e começou a tomar as medidas necessárias."

Mencionando a situação econômica da China em 2010, Gao Luyi avaliou que, com a recuperação da economia global, as exportações chinesas registrarão um aumento gradual, e a estrutura de crescimento da economia chinesa mudará. O Banco Mundial antevê que a economia chinesa cresça 8,7% em 2010.

"Em 2010, a estrutura de crescimento da economia chinesa será muito diferente da que deste ano. Primeiro, sofrendo uma grande queda neste ano, as exportações do país voltarão a subir, o que favorece a recuperação da indústria manufatureira. Ao mesmo tempo, o setor imobiliário deverá contribuir mais para o crescimento econômico do que contribuiu neste ano, e os investimentos governamentais exercerão menos influências à economia. Por isso, calculamos que a economia chinesa deverá crescer 8,7% no ano que vem."

A informação é da China Rádio Internacional