Dilma diz que reforma agrária brasileira põe país "na vanguarda"

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, discordou nesse domingo da posição manifestada por um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, João Paulo Rodrigues, segundo a qual o processo de distribuição de terra no país estaria lento. Ela apresentou balanço que mostra que no período de 2003 a 2008 foram feitos assentamentos em 43 milhões de hectares.

Para Dilma, a área é significativa “e coloca o Brasil na vanguarda do processo de democratização da terra”. Comparando com outros países, ela afirmou que a Bolívia tem uma ação significativa de implantação da reforma agrária, mas com uma área de assentamento bem menor: 18 milhões de hectares de 2006 até este ano.

Segundo ela, na Nicarágua, de 1979 a 1986, foram 2,8 milhões de hectares ocupados com assentamentos. No Chile, essa área foi de 5,5 milhões de hectares; em Cuba, 5 milhões de hectares e na Venezuela, 2 milhões de hectares.

Além disso, ela observou que o atual governo apoiou o movimento com linhas de crédito e com assistência técnica. Dilma criticou os governos anteriores, dizendo que “no passado se assentavam as populações e as abandonavam”.