Iprede promove inclusão produtiva de mães de crianças atendidas

"Deus quer, o homem sonha e a obra nasce". É citando o poeta português Fernando Pessoa, que o Presidente do Instituto de Prevenção à Desnutrição e à Excepcionalidade (Iprede), Sulivan Mota, fala da alegria de inaugurar a Unidade Profissionalizante da Mulher Lídia de Almeida Bezerra.

Trata-se de um espaço para promover a capacitação humana e profissional das mães de crianças atendidas pelo Instituto. Com a formação, elas ficarão aptas a se inserir no mercado de trabalho e gerar renda, ajudando no desenvolvimento satisfatório de suas famílias. A construção das instalações foi possível graças à doação feita pelos cinco filhos de Lídia de Almeida Bezerra, ex-primeira dama do Estado. A solenidade de inauguração acontece nesta sexta-feira (23), às 17h30min. O Iprede fica na Rua Professor Carlos Lobo, 15, Cidade dos Funcionários, em Fortaleza.

De início, são ofertados 22 cursos profissionalizantes nas áreas de estética (depilação, cabeleireiro, maquiagem), confecções (corte e costura), artesanato (bijuterias, biscuit), cozinha, serviços domésticos (cuidador, babá, doméstico, diarista), além de outros como alfabetização e formação humana.

No espaço, elas contam um mini salão de beleza, salas de aula de corte e costura e protótipo de quarto de hotel onde podem por em prática o que aprenderem nos cursos. As atividades realizadas pelas mães ajudam a gerar renda para elas e sustentabilidade financeira para o Iprede.

A unidade tem capacidade para atender por ano 1250 mães, sendo que nesta primeira turma as vagas são para 300. Em um segundo momento, serão abertas vagas para mulheres que não possuem filhos atendidos no Iprede. Aquelas que desejarem, serão encaminhadas para empregos ou estimuladas a criarem seus próprios negócios. Para isso, foi feita parceria com o Banco do Nordeste, Senac e Sebrae.

De acordo com Sulivan Mota, nos últimos três anos o Iprede ampliou o atendimento às crianças, passando a dar, além do que é necessário para a recuperação do peso e da saúde, o estímulo para o desenvolvimento delas. A direção do Instituto achou que era o momento de se voltar para a trajetória das mães. Assim, surgiu a idéia de criar a Unidade, gerando a inclusão produtiva.

Para fazer com que as mil famílias de crianças ali assistidas saiam da linha da pobreza, a saída é a educação, destaca Sulivan. Mas ele explica que essa educação oferecida pelo Instituto vai além da escolarizante. “É também civilizatória. Inclui arte, cultura, cidadania”. Mesmo com a variedade de cursos, há sempre um início comum, com módulos incluindo questões como autoestima, socialização, alfabetização e só depois a profissionalização. Ultrapassando a linha da miséria, ele considera que as mães vão poder aprender a planejar o futuro. Hoje a maioria delas está voltada apenas para a sobrevivência imediata.

Fonte: Agência da Boa Notícia