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40 horas: Trabalhadores vão pressionar deputados

A Proposta de Emenda Constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial em tramitação na Câmara, vai a votação ainda este ano. As centrais sindicais exercem pressão nos parlamentares não só em Brasília como também nos Estados. Para demonstrar a força do trabalhador, as centrais decidiram convocar a VI Marcha da Classe Trabalhadora para 11 de novembro em Brasília, informa Ricardo Martinez Froes, presidente da CTB do Mato Grosso do Sul

O 2º Congresso da CTB, realizado de 24 a 26 de setembro, reiterou que a luta pela redução da jornada é prioridade número 1 nesta reta final do ano. Froes diz que a pressão, que é muito grande em todo o País, vai colocar a matéria em plenário e acabará sendo aprovada. "Não temos dúvida de que a redução de jornada para 40 horas será aprovada. As autoridades estão cada vez mais conscientes de que ele é necessária para gerar novos empregos e justa para os trabalhadores que terão maior oportunidade para se aperfeiçoar profissionalmente, fazendo cursos e treinamentos", afirma.

A PEC 231/95 é de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS) e conta com ao apoio do governo. O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, tem sido seu maior defensor. Ele acredita na geração de novos empregos e na melhoria de renda do trabalhador.

Wagner Gomes, presidente nacional da CTB, orientou toda militância e lideranças nos estados a não poupar esforços na mobilização pelo sucesso da marcha no dia 11 de novembro em Brasília. "Vamos promover uma manifestação recorde e histórica, com todas as centrais e outros segmentos de apoio ao trabalhador, empunhando a mesma bandeira, com a mesma força", comentou.

De Mato Grosso do Sul deverão sair em caravana centenas de trabalhadores levados não só pela CTB como também pelas outras centrais que também estão empenhadas nessa luta, informa Froes, que preside também o SINTRAE (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino em Mato Grosso do Sul).

Eduardo Botelho, membro da diretoria da CTB/MS e presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino nos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – FITRAE-MT/MS, também está empenhado na mobilização de trabalhadores para a VI marcha.

Ele informou que dirigentes das centrais se reunirão com parlamentares da base aliada do governo nesses dias para debater o tema e com o colégio de líderes da Câmara na terça-feira (6). No dia seguinte, 7 de outubro, participarão de uma audiência sobre trabalho decente na Comissão de Trabalho da Casa.

Fonte: O Progresso