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Fujimori é condenado a mais seis anos de detenção

A Corte Suprema de Justiça do Peru adicionou, hoje (30), seis anos à pena do ex-presidente Alberto Fujimori, que já cumpria detenção de 25 anos desde abril. Os novos crimes são de compra ilegal de meios de comunicação, suborno de congressistas e interceptações telefônicas. O julgamento foi transmitido pela televisão.

"De acordo". Essa foi a resposta de Fujimori na Sala Penal Especial da Corte Suprema, ao lhe perguntarem se aceitava as acusações. Sua resposta permitiu que já fosse sentenciado na próxima quarta-feira (7). Ele anunciou que vai apelar da sentença.

Segundo o tribunal, o ex-chefe de espionagem de Fujimori, Vladimiro Montesinos, interceptou o telefone de 28 políticos, jornalistas e empresários. Ele ainda subornou, a mando de Fujimori, 13 congressistas.

Fujimori também foi acusado de comprar ilegalmente um jornal e uma rede de televisão. O ex-presidente deverá pagar indenização equivalente a US$ 8 milhões ao Estado e US$ 1 milhão às pessoas espionadas.

No último dia 7 de abril, a mesma sala da Corte Suprema condenou Fujimori, por unanimidade, a 25 anos de reclusão, depois de um ano e quatro meses de julgamento.

A justiça lhe considerou culpado pelos massacres em Barrios Altos (1991) e em La Cantuta (1992), que somaram 25 mortes. Também é responsável pelos sequestros do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Dyer. Os dois foram detidos no sótão do Serviço de Inteligência do Exército (SIE).

Alberto Fujimori foi presidente do Peru de julho de 1990 até novembro de 2000.

Fonte: Adital