Eleição indireta: PMDB terá disputa entre Gaguim e Derval

30/09/09 16h31
Cleber Toledo
Da Redação

As chapas do governador Carlos Henrique Gaguim e do ex-vice-prefeito de Palmas Derval de Paiva foram homologadas e o PMDB terá uma disputa na sua convenção do dia 5 para definir quem será o candidato do partido a governador na eleição indireta da Assembleia Legislativa, marcada para o dia 8.

Segundo membros da executiva estadual do PMDB ouvidos pelo CT, a manhã da reunião para a homologação das chapas foi marcada por ríspidas discussões do presidente regional do PMDB, deputado federal Osvaldo Reis, com Derval e o deputado federal Moisés Avelino. Nos bastidores, houve a informação de que o motivo teria sido o pedido, de Derval e Avelino, para ficar com a vaga de vice-governador, o que membros da executiva agora negaram ao CT que tivesse ocorrido.

Depois, Derval teria condicionado sua desistência à uma conversa de Gaguim com o governador cassado Marcelo Miranda. Nessa conversa, segundo as fontes, "muita roupa suja" foi lavada. Marcelo reclamou do tratamento que vem recebendo por parte de Gaguim e de alguns de seus auxiliares. Ele disse que não consegue sequer contratar militares para fazer sua segurança porque a Casa Militar não estaria permitindo.

Marcelo agradeceu o apoio que vem recebendo de Derval e de Avelino, mas reclamou dos deputados estaduais, que, segundo ele, nunca mais o procuraram. O governador cassado disse que estava com saudades de todos.

Gaguim, conforme as fontes, "foi muito humilde". Disse que precisava de todos para governar, que quer formar um conselho político com a participação de todos e admitiu sua inexperiência para administrar uma máquina tão complexa quanto o governo do Tocantins.

"Tudo caminhava perfeitamente e até achei que chegaríamos a um acordo", contou uma fonte peemedebista. Contudo, o clima esquentou depois que Derval, então, pediu apoio para a presidência do PMDB. Aí o ex-deputado federal Udson Bandeira e o deputado estadual Iderval Silva também afirmaram que queriam a presidência.

Derval, então, ficou irritado e disse que essas manifestações significavam que ele não tinha o apoio de seus companheiros "para nada". "Nem para governador, nem para presidente", reclamou, segundo reproduziu um peemedebista ao CT.

Começou uma discussão em torno disso, e foi quando Gaguim se irritou, disse que não era o momento para se discutir esse assunto, que não iria negociar nada e quem quisesse podia ser candidato. "Isso é molecagem!", disse o governador, saindo da sala.

Segundo pessoas próximas de Gaguim e membros da executiva, o governador teria mais do que a absoluta maioria dos 225 votos dos convencionais. "Teremos muito mais do que 100 votos de frente nessa convenção", garantiu um aliado de Gaguim.

Extraido do site www.clebertoledo.com.br