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Líder da ONU condena ameaças à embaixada do Brasil em Honduras

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, descreveu as ameaças à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa como "inaceitáveis" e "intoleráveis". Ele disse, durante entrevista coletiva na sede da entidade em Nova York, nesta terça-feira (29), que está "profundamente preocupado" pelos últimos acontecimentos em Honduras.

"A lei internacional é clara: a imunidade soberana não pode ser violada", lembrou o diplomata coreano. "As ameaças ao pessoal da embaixada e suas premissas são intoleráveis. O Conselho de Segurança (CS) condenou esses atos de intimidação. Eu também faço isso, nos termos mais fortes", disse.

"Exorto os atores políticos para que se comprometam de forma séria com o diálogo e os esforços de mediação regionais. Reafirmo que as Nações Unidas estão dispostas a auxiliar de qualquer forma", afirmou ainda o secretário-geral.

Ban Ki-moon pediu que seja garantida a segurança de Manuel Zelaya, deposto e expulso de Honduras pelo golpe de Estado de 28 de junho. Zelaya retornou ao país há uma semana e, desde então, está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

O secretário-geral disse ainda que estava "atento" à decisão do Congresso hondurenho, contrária à suspensão das liberdades civis decidida pelo presidente Roberto Micheletti. Ele pediu "pleno respeito" às garantias constitucionais, incluindo as liberdades de associação, expressão e movimento.

Da redação, com agências