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Rio 2016: Lula e Havelange são as apostas para a vitória

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do comitê organizador do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, faz questão de frisar que a crise financeira mundial teve pouco impacto na economia brasileira.

Por isso, as garantias financeiras da candidatura são sólidas. São oferecidas pelas três esferas de governo: União, estado e município.

"A economia brasileira continua sendo robusta", diz Nuzman.

"O presidente Lula é um dos líderes da recuperação econômica global. Em 2008, a economia brasileira cresceu 5,1% com PIB estimado em R$ 3 trilhões. Isso permitiu aos governos darem garantias ao projeto para contar com a infraestrutura necessária para os Jogos. Também há a garantia de que qualquer necessidade financeira do comitê será coberta", diz.

Nuzman também cita o fato de, no âmbito de patrocínios olímpicos, três emissoras de TV brasileiras terem adquirido os direitos de transmissão dos Jogos de 2016. Globo, Band e Record assinaram acordo de R$ 350 milhões, segundo o dirigente, e irão transmitir a competição.

"Apesar de sabermos que ainda há um número de acordos para 2016, analisamos que o acerto para transmissão dos Jogos deu ao COI um forte sinal da força do mercado brasileiro hoje em dia, além de nossa paixão e comprometimento com o esporte".

Ásia e África

Outro fator em que o Rio-2016 apostou desde o início do projeto é o político. Duas peças-chave têm sido o presidente Lula e o presidente de honra da Fifa, João Havelange.

Lula, em qualquer encontro com chefes de Estado ou governo, é o garoto-propaganda da candidatura.

Na semana passada, em Nova York, por ocasião de reunião nas Nações Unidas, conversou sobre o Rio 2016 – e pediu apoio. Cada viagem do presidente contou com o lobby em favor da postulação.

Havelange tem sido estratégico.

Presidente da Fifa que revolucionou o futebol como negócio e expandiu o esporte para regiões como Ásia e África, Havelange teve reuniões constantes com representantes esportivos desses continentes.

São potenciais eleitores que decidirão a sede de 2016 na próxima sexta-feira, numa eleição que se anuncia apertada entre Rio, Chicago, Madri e Tóquio.

"O presidente Lula estará em Copenhague integrando nossa delegação e também participará da apresentação final da candidatura ao COI", conta Nuzman.

A presença do presidente simboliza o apoio do Brasil inteiro ao projeto olímpico a também a confiança do país em receber a competição pela primeira vez. Também estarão presentes o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o ministro do Esporte Orlando Silva. Os três sempre estiveram à frente da candidatura.

Fonte: Jornal do Brasil