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Banco do Sul nasce com capital de US$ 20 bilhões, diz Chávez

Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela criaram o Banco do Sul, com um capital inicial de US$ 20 bilhões. O acordo foi assinado neste sábado na Ilha Margarita pelos presidentes sul-americanos presentes à 2ª Cúpula América do Sul-África (ASA). O anúncio ficou a cargo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

"Esta noite decidimos formar o Banco do Sul", disse Chávez durante um de seus discursos na cúpula. Instalada esta tarde e terminando no domingo, com a assinatura de uma declaração final e um Plano de Ação, a reunião teve a presença de 61 países – 27 deles rep[resentados por chefes de Estado e de governo.

Chávez propôs aos participantes da cúpula "formar entre o banco africano e o sul-americano uma estrutura superior de financiamento". "Um Banco Sul-Sul ou o Banco do ASA, eu tenho até nome, Bancasa", declarou o presidente da Venezuela, e acrescentou que nessa entidade poderiam ser depositadas as reservas monetárias dos países de ambas as regiões.

Na acepção bolivariana, o Banco do Sul representa uma alternativa à globalização neoliberal: com estrutura de um fundo monetário, propiciará a transformação das estruturas produtivas. Buscará a complementação produtiva regional, a projeção das exportações e os processos de integração sul-americana, nos âmbitos bilateral, subregional, regional, hemisférico e mundial.

Proposto originalmente por Chávez, abrangendo toda a América Latina, desde o México, o Banco do Sul a princípio encontrou resistências, inclusive no Brasil. Uma reunião de nível ministerial, em outubro de 2007, no Rio de Janeiro, não chegou a fazer o projeto deslanchar. A crise econômica global, porém, encarregou-se de mostrar os méritos da ideia, que reforça a integração regional.

Da redação, com agências