Caatinga deverá ser incluída na pauta dos debates internacionais

O senador Inácio Arruda defendeu a colocação do “bioma caatinga” e da desertificação na pauta dos debates internacionais sobre meio ambiente, durante o seminário “Mudanças Climáticas e Desertificação no Ceará”, realizado durante todo o dia de hoje (24.09), no Plenário 13 de Maio da Assembléia Legislativa do Estado.

A promoção, da Comissão Mista de Acompanhamento das Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, reuniu em Fortaleza, além do senador Inácio Arruda, os deputados federais José Nobre Guimarães (PT-CE), Vanessa Grozziotin (PCdoB/AM), vice-presidente da Comissão Mista de Acompanhamento das Mudanças Climáticas do Congresso, e Colbert Martins (PMDB/BA), relator da Comissão Mista.

Durante sua fala, o senador Inácio Arruda explicou que a questão da Amazônia lidera todos os debates internacionais, ficando esquecidos os outros biomas brasileiros, também provocadores de grandes impactos ambientais. Segundo ele, a região Nordeste é a que mais sofre com as mudanças climáticas. Em 50 anos, a temperatura no Nordeste será elevada em quatro graus centígrados e os estados mais prejudicados serão o Ceará, o Piauí e Pernambuco.

Autor do projeto de lei que institui a Política Nacional de Combate a Desertificação, já aprovado no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados, o senador Inácio Arruda aproveitou o seminário para propor ao Congresso Nacional a criação de uma Comissão Especial com o objetivo de preparar os legisladores para a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas que vai acontecer no próximo mês dezembro, em Copenhague, capital da Dinamarca. Essa conferência vai tratar do meio ambiente, mas vai debater também a questão do desenvolvimento. “O grande desafio hoje é fazer com que o meio ambiente e desenvolvimento andem juntos sem comprometer o planeta”, explicou.

Abertura

Durante a abertura do seminário, o presidente da Assembleia, deputado Domingos Filho (PMDB), destacou a importância do debate. “A desertificação tem sido uma das mais graves preocupações ecológicas das duas últimas décadas e o debate sobre suas causas, efeitos e atitudes de controle se intensificam”, afirmou.

Domingos Filho lamentou que o processo de desertificação esteja destruindo de maneira inexorável o potencial produtivo do Estado e afirmou que, diante dessa realidade, aumenta a responsabilidade política de dirigentes, dos parlamentares, da comunidade acadêmica e dos demais agentes sociais para discutir a educação ambiental como um dos recursos para minorar os problemas relacionados ao clima e à desertificação.

Painéis

Após a abertura do seminário, foi realizado o painel “Desertificação -Diagnóstico e perspectivas frente às mudanças climáticas”, com os seguintes expositores: Marta Celloa, Professora da UFC, Doutora em Geografia Física pela Universidade de São Paulo, USP; Camilo Santana – Secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará; José Sydríão de Alencar Júnior,superintendente do ETENE; e Cristina Nascimento, Coordenação Executiva da Articulação no Semi-Árido Brasileiro – ASA-BRASIL

À tarde, foi a vez do painel “Plano estratégico para os recursos hídricos no Estado do Ceará• Uma visão de futuro”, com Francisco José Coelho Teixeira, presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH; Eudoro Santana, presidente do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa do Ceará; Maria Tereza Bezerra Farias Sales, presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente -CONPAM; e Eliene Leite Araújo Brasileiro, presidente da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará – APRECE.

Fonte: Assessoria de imprensa do senador Inácio Arruda