Messias Pontes – Chega de entreguismo: o pré-sal é nosso! (II)

As incalculáveis riquezas brasileiras , desde 1500, sempre foram cobiçadas por quem detinha e detém o poder econômico e militar. E sempre essas forças alienígenas contaram com a valorosa ajuda de maus brasileiros que, a troco de 30 moedas, tudo faziam e ainda fazem para facilitar a rapinagem de tudo o que pertence ao povo brasileiro. São os Calabar e os Coisa Ruim (FHC).

Não venha nenhum tucano querer dizer que o Coisa Ruim, durante os oito anos do seu desgoverno (1995 a 2002), entregou as nossas empresas estatais estratégicas na bacia das almas sem nada receber em troca. Não era sem razão que o tio dele, General Felicíssimo Cardoso, dizia que “esse meu sobrinho não merece confiança”.

Nacionalista e oficial bem informado, o General já sabia que o seu sobrinho era um apátrida da pior espécie. Sabia que o sobrinho era um agente da CIA junto à intelectualidade não só brasileira, mas também latino-americana. Sabia que em fevereiro de 1969, pouco tempo depois da edição do famigerado AI-5, o seu sobrinho recebeu uma fortuna da Central de Inteligência Americana, via Fundação Ford, para começar a agir e tramar contra os interesses nacionais e latino-americanos.

Naquela data o Coisa Ruim mostrou-se tão dócil aos interesses imperialistas que recebeu de imediato a primeira parcela de US$ 145 mil de um total de mais de um milhão, conforme circulava na USP à época. Com essa grana toda ela funda o Cebrap – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – e consegue enganar, por muito tempo, milhares de incautos.

Só depois veio à tona que o verdadeiro objetivo era garantir a dominação econômica, cultural e ideológica do Brasil e da América Latina. Juntamente com o economista chileno Enzo Faletto, a serviço da CIA naquele país, escreve o livro “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”, que ficou conhecido como “Teoria da Dependência”.

Agora, com a descoberta de um verdadeiro mar de petróleo e gás natural na chamada camada pré-sal, numa área que vai do estado Espírito Santo ao de Santa Catarina, os apátridas demo-tucanos, liderados pelo Coisa Ruim, com o irrestrito apoio da grande mídia conservadora, venal e golpista, querem impedir que o fruto dessa riqueza seja aplicado em educação, ciência e tecnologia, preservação do meio ambiente e, sobretudo, na erradicação da pobreza em nosso País.

Não é sem razão que essa gente e sua mídia tanto demonizam Hugo Chaves e Evo Morales. Depois de séculos de dominação, o petróleo da Venezuela e o gás da Bolívia finalmente passaram a ser usados em benefício da maioria da população desses países. Foi a insuspeita UNESCO – órgão das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura – quem informou que a Venezuela, com Chaves, e a Bolívia, com Morales, erradicaram de seus países a chaga do analfabetismo. No Brasil, no que pese o avanço do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o percentual de analfabetos ainda é vergonhoso.

No último dia 31 de agosto o presidente Lula proclamou a segunda Independência do Brasil ao anunciar o envio ao Congresso Nacional da proposta do novo marco regulatório do petróleo e a criação do fundo social, a partir dos recursos do pré-sal, e a criação da Petro-Sal, empresa estatal para gerir esses recursos.

As lideranças demo-tucanas já anunciaram que vão tentar impedir que os quatro projetos enviados ao Congresso pelo presidente Lula sejam aprovados O Presidente Lula defende o sistema de partilha, mas os traidores da Pátria insistem na desgastada tese neoliberal da concessão, ou seja, da entrega dessa riqueza às empresas multinacionais.

O presidente Lula quer seguir o sistema de partilha adotado pela Noruega, mas os traidores demo-tucanos preferem o da Nigéria e outros grandes produtores e exportadores de petróleo que não distribuem a riqueza do petróleo com o seu povo. Enquanto a Nigéria tem a 10ª maior reserva e ocupa o oitavo lugar entre os países exportadores, se situa no vergonhoso 154º lugar no ranking de IDH, a Noruega tem a 19ª maior reserva, ocupa o 3º lugar entre os países exportadores e figura no honroso 2º lugar no ranking de IDH.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é medido pela combinação de três fatores: o PIB per capita, a taxa de analfabetismo e a expectativa de vida do povo. Enquanto os democratas e patriotas querem seguir o modelo norueguês para garantir uma extensa rede de bem-estar social para os brasileiros, os apátridas demo-tucanos querem seguir o péssimo exemplo da Nigéria. Por isso precisam ser denunciados e desmascarados pois são verdadeiros traidores da Pátria.

Cabe aos brasileiros lutarem para assegurar a soberania nacional e garantir que o fruto da riqueza do pré-sal seja dividido igualitariamente com todos os estados brasileiros. É inadmissível que apenas os estados do Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina, como querem os seus governadores, notadamente o de São Paulo, José Serra, fiquem com os royalties do petróleo retirado do pré-sal.

O País tem uma imensa dívida social para com o Nordeste, que tem um terço da população brasileira. Para o pagamento dessa dívida social, seria mais justo que os estados nordestinos fossem aquinhoados com um percentual maior dos royalties, porém se contentam com a distribuição equitativa.

Chega de entreguismo: o pré-sal é nosso!

Messias Pontes é jornalista e colaborador do Vermelho/CE