Grito dos Excluídos(as) – Dia de união e luta em defesa do Brasil

O 15º Grito dos Excluídos reuniu cerca de 3 mil pessoas na manhã desta segunda-feira, 7 de setembro, no Conjunto Palmeiras, que também comemorou 35 anos de criação da comunidade.

Grito dos Excluídos

Muitas crianças e jovens, membros das pastorais sociais, militantes de movimentos sociais e sindicais, parlamentares e comunidades de todos os bairros da cidade reivindicaram mais direitos e a construção de um projeto popular para o Brasil. O lema “Vida em primeiro lugar: a força da Transformação está na Organização Popular” animou e uniu os participantes.

A concentração para o evento aconteceu a partir das 9h em dois diferentes locais: na Avenida Castelo de Castro, em frente ao Conjunto São Cristóvão e na Igreja Católica do Sítio São João. A partir das 10h, os participantes, simultaneamente, saíram em caminhada até a Pracinha do Conjunto Palmeiras, em frente ao campo de futebol, onde foi realizado um ato público com a presença do cantor e compositor Zé Vicente. A atividade terminou por volta do meio-dia.

Moradores do bairro Ellery e região participaram do grito

A comerciária Ioneide Melo, integrante do Centro Socorro Abreu de Apoio à Mulher e Desenvolvimento Popular, nas primeiras horas da manhã já estava a caminho da região sul da cidade. Com ela, seguiu uma comitiva formada por cerca de trinta mulheres dos movimentos sociais e das pastorais, da criança e do menor, da igreja Senhor do Bonfim. Ioneide, além de reviver bons momentos de sua militância na Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), disse que também, estava ali para defender a Lei Maria da Penha, ameaçada por um projeto que tramita no Congresso Nacional.

A massoterapeuta Cacilda Lima defendeu a importância da realização do Grito dos Excluídos como um espaço onde as comunidades e a população podem protestar em defesa dos seus direitos. Ela, que é presidente do Conselho Local de Saúde do Posto Paulo Melo Machado e sócia da Associação Comunitária dos Bairro Ellery e Monte Castelo, concordou com a afirmação de um orador que dizia, ao som, que o Brasil não era verdadeiramente independente e citou o caso da saúde pública que, em sua opinião, está muito sucateada.

O assessor parlamentar e coordenador do bloco Sai na Marra, Beethoven Rodrigues, participou da manifestação e disse que aprova o ato em defesa dos excluídos e de um Brasil melhor. Ele lamentou o menor número de pessoas em relação aos anos anteriores e disse que também estava ali pra pedir mais investimento na cultura para aumentar o acesso da população a produção cultural. Beethoven também anuncia que o Sai na Marra já está preparando as comemorações dos dez anos do bloco e da segunda edição do festival de marchinhas Lauro Maia que, segundo ele, até o final do mês de outubro terá inscrições abertas.

Fonte: Sítio do Bairro Ellery