Ligações entre Solidária e Rodin prometem revelações

A ação, contra o deputado federal José Otávio Germano (PP), a governadora Yeda Crusius (PSDB), o presidente do Tribunal de Contas (TCE), João Luiz Vargas, os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP) e também o ex-secretário geral de Governo, Delson Martini (PSDB), a assessora direta de Yeda, Walna Meneses e o professor Carlos Crusius, está relacionada à fraude de R$ 44 milhões no Detran, foi ajuizada no dia 5 de agosto e traz como conteúdo probatório principalmente gravações feitas pelo empresário Lair Ferst de conversas com o ex-chefe da representação do governo do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro deste ano em circunstâncias ainda não esclarecidas, e interceptações telefônicas.

A movimentação dos advogados acontece com base em dois pontos. O primeiro é que o advogado de Lair, Lúcio de Constantino, avisou que seu cliente possui 'vários outros áudios'. Uma pessoa próxima ao empresário garante que são mais de duas horas de gravações e que elas não se restringem às conversas com Cavalcante. O segundo é que uma semana depois do ajuizamento da ação de improbidade relacionada ao caso Detran, o MPF ajuizou na 1ª Vara Federal Criminal em Porto Alegre denúncia contra 19 pessoas, entre elas o ex-secretário-geral da Prefeitura de Canoas, Francisco Fraga, pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A denúncia está relacionada à Operação Solidária (um conjunto de 14 inquéritos abertos pela Polícia Federal, que investiga fraudes em licitações na região Metropolitana). 'Os procuradores estão fazendo as ligações entre a Rodin e a Solidária, e os encaminhamentos dos dados aos inquéritos vão começar a ganhar publicidade, se não por meio do MPF e da PF, através da CPI, que vai funcionar a partir do final do mês', garante um dos advogados. No cruzamento de informações, a atuação de Chico Fraga poderá ser utilizada no contexto probatório.

FONTE: C Povo Net