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Para líder tucano, CPI contra Yeda antecipa a disputa eleitoral

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, José Anibal (SP), afirmou que a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para investigar denúncias de corrupção na gestão da governadora Yeda Crusius, é uma forma de antecipar o debate eleitoral de 2010. Aníbal, que conversou com Yeda por telefone na tarde desta sexta-feira (14), foi dos poucos tucanos que se arriscaram a defender sua correligionária.

"Não conformados com o resultado eleitoral, que elegeu a governadora de forma surpreendente, e que faz um trabalho da maior qualidade do ponto de vista das finanças públicas, os adversários a caluniaram todo o tempo, inventaram todo o tempo", disse Anibal.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitou nesta sexta-feira o requerimento, assinado por 39 parlamentares, para instalação da CPI para investigar o governo de Yeda Crusius. O pedido apresentado pelo PSDB, com objetivo de evitar a CPI, foi rejeitado e a comissão vai funcionar num prazo de 120 dias.

Anibal saiu em defesa de Yeda Crusius, afirmando que a governadora conseguiu zerar o deficit público do Rio Grande do Sul e transformou o estado em investidor. Para o líder tucano, Yeda "faz um trabalho da maior qualidade do ponto de vista das finanças públicas. Por isso "os adversários a caluniaram todo o tempo, inventaram todo o tempo”, argumentou o tucano.

O líder do PSDB criticou a postura dos procuradores do Ministério Público gaúcho, que aprovaram a denúncia contra Yeda, seu marido e mais sete figuras do governo estadual. Investiu também contra o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), que encabeça as pesquisas eleitorais para governador – enquanto Yeda oscila entre 7% e 9%.

“Esse caso tem que ser resolvido de forma exemplar. Procurador não é para fazer política partidária, é para defender os interesses da sociedade. O ministro da Justiça, Tarso Genro, que na verdade é o 'sinistro da Justiça', candidato declarado ao governo do estado, usou do ministério para tentar focar, caluniar a governadora”, afirmou.

Yeda Crusius participou à noite de um coquetel de lançamento do Festival de Cinema de Gramado, no norte do Estado. Indagada pela imprensa, ela voltou a se proclamar inocente de todas as acusações, embora admitindo a CPI como um fato consumado.

"A CPI está decidida autonomamente e deve ser levada assim. Eu espero que a CPI responda à população e a mim mesma sobre uma sequência de denúncias sem provas, um verdadeiro massacre, e trabalhe no sentido de recuperar o que o Rio Grande do Sul tem perdido. Se a CPI cumprir essa função, a primeira a aplaudir serei eu", disse Yeda.

A Executiva Nacional do PSDB divulgou nota esta semana, informando que irá fazer uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público contra as ações “claramente político-partidárias” dos procuradores responsáveis pelas acusações contra a governadora tucana. O partido também vai exigir nas futuras sabatinas de procuradores designados ao CNMP o “compromisso de luta efetiva contra a politização do Ministério Público”.

Da redação, com agências