Tocantins: Porto Nacional comemora 271 anos de história
A cidade centenária recebeu a Coluna Prestes na década de 1920, teve Bispo que combateu a ditadura e outras passagens interessantes e de luta. A origem é na resistência indigena, após o massacre do Ponta
Publicado 13/07/2009 12:30 | Editado 04/03/2020 17:22
São 148 anos de emancipação político-administrativa e 271 anos de história. Como se vê não faltam motivos para Porto Nacional comemorar seu aniversário na segunda-feira, 13. As comemorações começam nesse domingo, 12, a partir das 8 horas, com desfile cívico, fala de autoridades, corrida de revezamento 4X100 e parabéns à cidade com um grande bolo para a população.
Na noite desse domingo, na Ilha de Porto Real, haverá queima de fogos, show com grupo de pagode regional e show com a Banda Nacional Trio da Huanna.
A história de Porto Nacional tem como recuada origem o Arraial de Pontal do Carmo, ricas minas de ouro, e seu desenvolvimento graças à navegação do Rio Tocantins e o comércio com Belém do Pará. Não se pode precisar o ano de sua fundação. Sabe-se, contudo, que nos primeiros anos do séc. XIX Porto Real já era um núcleo de certa importância, que por lei provincial de 14/11/1831, o julgado de Porto Real, foi elevado à categoria de vila (sede de município). Em 24 de abril de 1833 passa-se a chamar Porto Imperial. Em razão de seu constante desenvolvimento, Porto Imperial, pela Resolução provincial nº 333 de 13 de julho de 1861, recebe seu diploma de cidade. Com a Independência do Brasil, a toponímia de Porto Imperial foi mudada para Porto Nacional, com a Proclamação da República, conforme Decreto Estadual nº 21, de 07 de março de 1890.
Do Pontal para o Rio
A principio, Porto era apenas um ponto de apoio, às margens do Rio Tocantins, de passagem para os arraiais de Pontal e Carmo. No fim do século XVIII o local foi ganhando importância como porto de escoamento do ouro e mercadorias para Belém do Pára. A nova povoação ficou conhecida como Arraial Novo do Porto Real do Pontal, na Comarca do Norte da Capitania de Goiás. Outro fator que marcou o desenvolvimento de Porto foi o êxodo, em massa da população do Pontal para às margens do Rio Tocantins, após o conflito com os Índios Xavante, que quase dizimaram toda a comunidade do Pontal, no ano 1805. Sem as minas de ouro os novos habitantes passaram a se dedicar à lavoura , à pecuária e ao comercio da navegação. Outro fato significativo para a consolidação de Porto foi a transferência do Julgado de Carmo para Porto Real, em 1806, por ordem de D. João VI. Nesse mesmo período Pontal e Carmo davam sinais de decadência em função da queda na extração do ouro. Segundo o Historiador portuense Durval Godinho, depois do desaparecimento do ouro foi a navegação fluvial que impediu a prostração e o desaparecimento da civilização do Norte de Goiás, através dos rios Araguaia e Tocantins. (Da Assessoria de Comunicação – Porto Nacional)
fonte:www.clebertoledo.com.br