Inácio Arruda quer diminuir superávit primário para 0,5% do PIB

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), em comunicação de liderança nesta terça-feira (7), anunciou ter apresentado uma emenda à Medida Provisória (MP) 460 para que o superávit primário seja reduzido para 0,5%, do produto Interno bruto (PIB), de forma a permi

O parlamentar afirmou que não há nenhum país do mundo praticando superávit primário nesta época de crise. Trata-se, para ele, de “uma coisa estúpida”. O pagamento de juros da dívida pública consumiu ano passado R$ 180 bilhões. Os gastos devem chegar este ano a R$ 140 bilhões. Ele também criticou os juros altos e o câmbio valorizado, que na opinião dele atrapalham o desenvolvimento do país.


 


Inácio Arruda considerou “muito estranho” que quase todos os países tenham baixado abruptamente sua taxa de juros, enquanto o governo brasileiro a mantém alta. Também lamentou que o governo recorra a contingenciamentos no orçamento federal para manter o superávit primário. Citou a pasta do Esporte, comandada pelo ministro Orlando Silva, de seu partido, onde os cortes de recursos em apenas um programa, o Segundo Tempo, deixarão meio milhão de crianças sem atividade esportiva e podem causar a demissão de 17 mil professores de educação física.


 


Inácio ressaltou, no entanto, que o presidente Lula acabou com aquela “sangria indecente das privatizações no nosso País. Buscou dar outro conteúdo à economia, desenvolveu os programas sociais, que têm grande impacto na vida do povo brasileiro. Sem eles, numa situação de crise como esta, a tragédia social seria muitíssimas vezes pior”. Mas para o senador cearense, esse caminho do superávit primário, o caminho de manter juros altos, o caminho de manter câmbio valorizado, não ajuda a economia brasileira.


 


O corte do superávit primário sugerido pelo senador foi apoiado, em apartes, pelos senadores Paulo Paim (PT-RS), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Augusto Botelho (PT-RR).



Confira íntegra do pronunciamento aqui


 


Fonte: Assessoria do Senador Inácio Arruda