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Governo dos EUA pode adquirir até 40% do Citibank

O governo americano pode acabar detendo até 40% das ações ordinárias do Citigroup, noticiou o Wall Street Journal em seu site, citando fontes familiarizadas com os planos. Mas executivos da instituição financeira têm esperança de que as conversações co

O banco está discutindo com autoridades americanas um cenário no qual uma parcela substancial dos US$ 45 bilhões em ações preferenciais detidas pelo governo americano, representando uma participação de 7,8% no Citigroup, seriam convertidos em ações ordinárias, informou o jornal.



Os futuros de ações americanas passaram a território positivo e os Treasuries caíram depois da notícia.



Um porta-voz do Citigroup em Hong Kong se negou a comentar a notícia.



Executivos do Citigroup também esperam persuadir investidores privados que têm comprado ações preferenciais – incluindo a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi e a Autoridade de Investimento do Kuweit– a converter suas ações preferenciais em ações ordinárias, segundo o WSJ.



Em uma outra notícia, o Financial Times afirmou que o Citigroup está pressionado o governo americano a concordar com uma nova injeção de capital que aumentaria sua participação no banco para cerca de 40%.



O Financial Times noticiou que executivos do Citi esperam uma decisão sobre o futuro do banco nas próximas semanas, mas alertaram que isso precisará ocorrer rapidamente se as ações do Citi caírem novamente nos próximos dias.



O Citi também pode tentar levantar recursos em uma nova oferta pública de ações, segundo o FT. Isso visaria deixar a participação do governo a não mais que 40% ou, pelo menos, abaixo de 50%, informou o jornal citando pessoas familiarizadas com a situação.



As ações do Citi caíram 71% até agora neste ano.


 


Como vai funcionar a “estatização” americana


 


O Tesouro americano anunciou nesta segunda-feira as novas modalidades de recapitalização pelo Estado, que consistirão, se o setor privado não conseguir responder às necessidades de capital, na emissão de ações preferenciais conversíveis em ações ordinárias.



Estas modalidades, que explicam como o Tesouro levará adiante o plano de estabilidade financeira votado pelo Congresso em outubro, serão aplicadas a partir de quarta-feira.



A primeira etapa consistirá em avaliar “as necessidades em capitais dos grandes estabelecimentos bancários americanos (…) no contexto econômico mais difícil”.



Para os bancos com necessidade de capital, “os estabelecimentos terão uma oportunidade de buscar, primeiro, fontes privadas de capital”, explicou o Tesouro. Se a oferta privada não for suficiente, as finanças públicas serão colocadas à disposição.



“Todo capital do Estado será sob forma de ações preferenciais obrigatoriamente conversíveis, que serão convertidas em ações ordinárias somente se for necessário com o tempo para manter os bancos em uma posição bem capitalizada”, acrescenta o Tesouro.



Gm e Chrysler, duas gigantes em dificuldade



Além das medidas para socorrer os bancos, assessores do Tesouro americano estudam com seriedade a possibilidade de inclusão das montadoras General Motors (GM) e Chrysler sob a proteção da lei de falências, informa o “Wall Street Journal”.



A medida equivale ao antigo pedido de concordata, quando uma empresa tenta se recuperar antes de falir.



A administração americana considera que a opção de recorrer ao capítulo 11 da lei de falências, que permite a uma empresa em dificuldades reestruturar-se sem a pressão dos credores, “precisa ser seriamente considerada”, destaca o jornal financeiro.



“Todas as opções permanecem sobre a mesa”, afirmou ao jornal uma pessoa ligada ao caso.



Segundo o WSJ, o Tesouro já iniciou negociações com várias instituições financeiras, entre elas o Citigroup e o JP Morgan, para obter facilidades de crédito, mas os bancos se mostram reticentes.



O valor necessário pode superar 40 bilhões de dólares, o que seria o maior empréstimo nos Estados Unidos a uma empresa em concordata.



“Neste cenário, uma parte do financiamento sería utilizada para reembolsar os 17,4 bilhões de dólares emprestados pelo governo desde dezembro a Chrysler e GM”, indica o WSJ.



As duas gigantes de Detroit (Michigan) solicitaram na semana passada bilhões de dólares de ajuda pública adicional.



Com agências e Reuters