PSOL faz novas denúncias de corrupção no governo Yeda

O PSOL apresentou na tarde desta quinta-feira (19) em Porto Alegre novas denúncias de corrupção e crime eleitoral no governo de Yeda Crusius (PSDB). Na coletiva de imprensa, foram divulgados nove casos baseados em provas testemunhais e gravações em víd

Parte das denúncias trata da distribuição de dinheiro de caixa dois durante a campanha eleitoral de Yeda e pagamentos de despesas pessoais, inclusive da governadora. Segundo o PSOL, há gravações que mostram repasses de R$ 500 mil feitos pela empresa Mac Engenharia e de R$ 400 mil feito pelo deputado federal José Otávio Germano no segundo turno da campanha de Yeda. Empresas fumageiras de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires teriam repassado duas parcelas de R$ 200 mil sem receber recibo.


 


Ainda existiria uma gravação em que o lobista Lair Ferst, réu na Operação Rodin, explica o esquema da compra da mansão pela governadora na Capital. Na reunião, o lobista teria adiantado R$ 400 mil ao corretor pela casa.


 


Já Marcelo Cavalcante, ex-chefe da Representação do Governo gaúcho em Brasília, teria aparecido na distribuição dos “mensalinhos” e nas conversas que tratavam do pagamento de contas pessoais, inclusive da governadora Yeda Crusius, por agências de publicidade, entre elas a DCS, como relatou a deputada federal Luciana Genro. “Ele havia presenciado reunião da governadora com os seus assessores onde havia envolvimento de dinheiro público”, diz.


 


Luciana, o vereador Pedro Ruas e o presidente do PSOL no estado, Roberto Robaina, afirmaram na coletiva que a morte de Cavalcante em Brasília motivou a divulgação das denúncias mesmo sem ter as provas. O objetivo com a divulgação é evitar que outras testemunhas da fraude no Detran desapareçam. A morte de Cavalcante ocorreu poucos dias antes de prestar depoimento ao Ministério Público sobre a fraude. A deputada Luciana ainda afirmou que ele estava negociando delação premiada, pois seria réu no processo.


 


As gravações a que o PSOL teve acesso foram feitas no escritório do lobista Lair Ferst. Os representantes também colheram informações em conversas diretas com diversas pessoas, entre elas Ferst e Marcelo Cavalcante. Em uma nota de apenas três linhas, o Palácio Piratini se limitou a afirmar que as denúncias do PSOL foram desmentidas pelo Ministério Público Federal. No entanto, a assessoria de imprensa do procurador da República, Adriano Raldi, apenas nega que o PSOL tenha tido acesso ao processo, afirma desconhecer as provas e também não diz saber do depoimento de Cavalcante, que havia sido confirmado pela própria esposa.


 


FONTE: Agencia Chasque