Jantar do PMDB reafirma candidato próprio em 2010

Um jantar na casa do ex-secretário Luis Roberto Ponte na praia de Atlântida, no sábado, acabou de vez com as especulações de que o PMDB não tenha candidato próprio ao governo do Estado em 2010.

Participaram do encontro, além de Ponte, o presidente estadual, senador Pedro Simon, o ex-governador Germano Rigotto, o deputado federal Ibsen Pinheiro, o deputado estadual Luiz Fernando Záchia e o prefeito José Fogaça. O único assunto do encontro no Litoral foi o nome do candidato a governador.


 


A cúpula do PMDB gaúcho pretende, no mínimo, que a sigla indique a cabeça de chapa e um dos candidatos ao Senado na eleição para governador. Ao final do jantar em Atlântida, saíram como favoritos para a disputa ao Piratini os nomes de Rigotto, Fogaça e Simon.


 


'O PMDB sempre teve candidato próprio no primeiro turno e continuará assim. Imagino que o PTB e o PDT nos apoiem', afirmou ontem o senador Simon. 'Só um doido poderia pensar na possibilidade de não termos candidato próprio. Se alguma liderança defende o contrário, ficará isolada no partido', endossou Rigotto.


 


Partido vai insistir com Rigotto para enfrentar Yeda
 
Quem dava como certo que o ex-governador Germano Rigotto não concorrerá ao Palácio Piratini em 2010 terá de rever a aposta depois do jantar que reuniu a cúpula do PMDB em Atlântida. Apesar de ser pública a disposição do ex-governador em disputar uma vaga no Senado, após o encontro, Rigotto esclareceu que sua decisão não será pessoal. 'Este não é o momento da decisão e eu não a tomarei sozinho. Teremos candidato próprio ao Piratini e se tiver uma liderança, um prefeito, um vereador do PMDB dizendo o contrário, quero nome e telefone.'


 



O anfitrião do jantar, o ex-secretário Luis Roberto Ponte, também afirmou que, apesar das expectativas de Rigotto em relação ao Senado, ele poderá ser o candidato, e enviou recado claro ao PSDB. 'Haja o que houver, o PMDB terá candidato ao Piratini. E é importante que a governadora saiba disso. Ela inclusive pode concluir que o PMDB já ajudou o governo e dizer que não deseja mais o partido. Em algum momento teremos que deixar o governo.'


 



Os líderes peemedebistas desvinculam totalmente a participação no atual governo do processo eleitoral de 2010. Conforme Simon, apoiar Yeda Crusius no primeiro turno, em uma tentativa de reeleição, está fora de questão. O deputado Alberto Oliveira considera o afastamento futuro como natural.
O deputado Luiz Fernando Záchia diz que o momento é de esclarecer sobre potenciais candidatos da sigla. 'Surgiram especulações, mas isso é bom porque se esclarece quem são nossos nomes fortes e não ficam se apresentando candidatos sem condições.' Rigotto defende que a escolha dos nomes do PMDB ocorra no início do segundo semestre.


 


FONTE: C POVO NET