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Reino Unido entra em recessão pela 1ª vez desde 1991

O Reino Unido entrou em recessão pela primeira vez desde 1991, depois que a economia do país registrou forte desaceleração nos últimos dois trimestres de 2008, arrastada pela crise financeira global. O ONS (Escritório Nacional de Estatísticas) informou qu

A recessão é definida pelos economistas como dois trimestres consecutivos de crescimento econômico negativo.


 


Nesta semana, o ONS informou que a taxa de desemprego do Reino Unido cresceu para 3,6% em dezembro, contra 3,3% um mês antes, marcando o 11º mês consecutivo de crescimento no número de desempregados nos país. O índice atingiu assim o maior nível desde junho de 2000 e superou os 3,5% esperados pelos analistas.



Um relatório divulgado também nesta semana pelo Chartered Institute of Personnel and Development e pela KPMG mostrou que 44% das empresas britânicas estão demitindo e metade está suspendendo as contratações. Uma pesquisa Ipsos MORI, que ouviu 1.005 pessoas, mostrou que 49% dos trabalhadores britânicos temem perder seus empregos.



Neste mês o Banco da Inglaterra (BC britânico) decidiu reduzir em 0,5 ponto a taxa básica de juros, para 1,5%. A taxa chega, assim, a um nível jamais visto desde a criação da autoridade monetária britânica, em 1694. Os comitê de política monetária do banco avaliou que a economia mundial “parece passar por um declínio incomum, agudo e sincronizado”.



“Os indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores caíram acentuadamente”, informou o comitê em um comunicado divulgado logo após o anúncio da decisão. “O crescimento do comércio mundial neste ano provavelmente será o menor em um período considerável de tempo.”



O CIPD (Instituto do Pessoal e do Desenvolvimento, na sigla em inglês) já informou que 2009 pode ser o ano mais difícil em duas décadas para o mercado de trabalho no Reino Unido. O Niesr (National Institute for Economic and Social Research), por sua vez, revisou no mês passado, para baixo, a estimativa da atividade econômica entre agosto e outubro, a 0,8%, ao invés do 0,5% de contração previsto inicialmente.



A agência de qualificação de risco Standard & Poor's (S&P) confirmou sua classificação “AAA” a longo prazo e “A-1+” a curto prazo da dívida soberana do Reino Unido. A qualificação de transferência e convertibilidade é “AAA”. A perspectiva é considerada “estável”.



Para a agência, as classificações se devem à economia rica e diversificada do Reino Unido, sua flexibilidade fiscal e monetária que contribuem para a estabilidade macroeconômica e a liberalização dos mercados, incluindo o trabalho.



Fonte: Folha Online