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Jandira Feghali: o futuro da polêmica Cidade da Música

Uma sinfonia inacabada, que pode custar mais R$ 120 milhões à Prefeitura do Rio de Janeiro e pelo menos mais seis meses de obras para ser concluída. Esse foi o retrato encontrado neste domingo (4) por dois secretários municipais do Rio — Jandira Feghali (

Menina dos olhos da gestão César Maia (DEM), a casa de espetáculos já consumiu R$ 518 milhões e foi inaugurada às pressas em dezembro deste ano. Boa parte de sua estrutura estava ainda em construção, após uma polêmica sobre a liberação do local pelo Corpo de Bombeiros. “Foi uma inauguração política e apressada, que levou a um aumento de custo e a erros nas obras que precisarão ser refeitos”, informou Jandira.


 


O arquiteto francês Christian de Portzamparc também participou da vistoria. Segundo Jandira, ele observou que as obras acabaram se distanciando do projeto original, que leva sua assinatura. Na parte interior, cerca de 95% das construções ainda precisam ser finalizadas.


 


Haveria ainda problemas de acústica na grande sala — a principal do complexo—, além de muitas áreas sem proteção. Também se acumulam no local poças com água parada, que podem se transformar em focos de dengue. “Não há nenhuma condição de ser aberta ao público”, disse Jandira.


 


Auditoria


 


As obras da Cidade da Música foram suspensas pelo prefeito Eduardo Paes e passarão por uma auditoria, que pode durar de três a quatro meses. Só após essa análise a administração municipal poderá precisar quanto ainda precisará ser gasto na construção, mas a estimativa é de que esse valor chegue a R$ 120 milhões.


 


Apenas quando a auditoria terminar serão retomadas as obras, que podem levar mais ser meses para serem concluídas. Com isso, está descartada a abertura da casa de espetáculos ao público neste semestre: isso pode acontecer apenas a partir de outubro. “Nosso desejo é inaugurá-la ainda este ano, mas não tenho como dizer quando”, afirmou Jandira.


 


Da Redação, com informações do G1