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Manifestações exigem fim de agressão israelense

Os ataques aéreos israelenses desencadearam uma série de manifestações no Oriente Médio esta semana. Nesta terça-feira (30) em Ramala e em Hebron, na Cisjordânia, os protestos acabaram em forte repressão policial contra manifestantes palestinos.

“A situação atual em Gaza exige um levante árabe e palestino. As declarações que condenam e responsabilizam o Hamas não ajudam o povo palestino e são inapropriadas dado o número de vítimas”, diz o líder do Hamas no Conselho Legislativo Palestino, Ayman Daragmeh.



O líder do Partido de Deus do Líbano (Hezbolá), Hassan Nasrallah, apoia a Terceira Intifada, defendida pelo chefe do Hamas no exílio. Nasrallah diz estar preparado para responder a uma eventual ação israelense no sul do Líbano.



O Irã, próximo do Hezbolá e do Hamas, também reagiu à ofensiva israelense. Proclamou, na segunda-feira, um dia de luto nacional. Milhares de pessoas saíram às ruas de Teerã e outras cidades do país para protestar contra o ataque militar.



Em Jerusalém, a cidade dividida, manifestaram-se duas facções da sociedade israelense. De um lado, manifestantes de direita. Do outro, cidadãos de esquerda, entre os quais israelenses de origem árabe, exigindo o fim dos ataques militares em Gaza.



Aos gritos de “parem os massacres em Gaza” ou “Israel assassino, Sarkozy cúmplice”, mais de 3.000 pessoas se manifestaram na França contra os ataques.



Houve protestos em Paris, Montpellier (sul), Toulouse (sudoeste), Marselha (sudeste), Lyon (centro-leste) e Nancy (leste), respondendo a apelos de organizações pró-palestinas, de partidos de esquerda e de sindicatos.



Os participantes do “Coletivo nacional para uma Paz Justa e Durável entre Palestinos e Israelenses”, também organizaram uma manifestação nesta terça-feira em Paris, diante do Quai d'Orsay, sede do ministério francês das Relações Exteriores.



Em Londres, 500 pessoas se reuniram perto da embaixada de Israel. A polícia voltou a reprimir as manifestações, mas com menor intensidade que na véspera, quando 10 pessoas haviam sido detidas no mesmo local.



Em Genebra, cerca de mil pessoas foram às ruas, segundo a polícia. “Somos todos palestinos”, diziam os participantes, que levavam numerosas bandeiras palestinas e, alguns, as do Hezbolá.



Em Atenas, foram queimadas bandeiras israelenses e americanas durante um ato que reuniu 300 pessoas diante da embaixada de Israel.



A tropa de choque grega lançou granadas de gás lacrimogêneo para espalhar e destruir a manifestação. Alguns manifestantes atiraram sapatos em fotos do presidente americano George Bush. Mil pessoas se reuniram, também, diante do consulado dos Estados Unidos em Salônica, no norte do país.



Em Estocolmo, cerca de 500 pessoas, segundo a polícia, 1.000 segundo os organizadores, desfilaram com cartazes e faixas até a embaixada israelense aos gritos de “Israel assassino”, “Fechem a embaixada” e “Gaza, solidariedade”.



Uma bandeira com as cores de Israel, na qual a estrela de Davi foi substituída pela suástica nazista, foi queimada.



Outras manifestações aconteceram em Göteborg, sudoeste da Suécia, e em várias cidades da Noruega e da Finlândia.



Em Helsinque, 150 pessoas foram para as ruas diante da embaixada israelense, o mesmo acontecendo em Varsóvia.



Um dos maiores protestos, no entanto, foi realizado na capital do Líbano, Beirute. A manifestação, organizada pelo Hezbolá, reuniu dezenas de milhares de pessoas.