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PC da Argentina repudia sentença pró repressores

Apesar do recuo na decisão judicial que pretendia por em liberdade os agentes da repressão condenados por crimes durante a ditadura de 1976-1983, continua na Argentina a onda de repúdio à tentativa. O Partido Comunista da Argentina (PCA) taxou de ''provoc

Um comunicado assinado por Patricio Echegaray, secretario-geral, afirma que o PCA apóia o pedido da Secretaria de Direitos Humanos da Nação, exigindo um julgamento político dos membros da instituição.

Para o PCA, a justificativa apresentada para a medida em benefício de 11 oficiais superiores da Marinha – excessivo tempo e detenção sem que se dite uma sentença – apenas coloca a necessidade de que o Congresso argentino faça uma reforma do Código Penal para acelerar o julgamento dos genocidas.

''O governo deve instrumentalizar um plano jurídico orgânico para julgar em sua verdadeira extensão e com rigor o problema do genocídio. Este é o complemento que a anulação das leis de impunidade reclama'', observa o documento.

''Se querem dar mil passos atrás, não os deixaremos caminhar'', adverte o comunicado, sublinhando que decisões judiciais como essa ''continuam a amparar a impunidade''.

''Falamos sob o prisma do clamor de justiça para nossos 30 mil companheiros detidos e desaparecidos. Falamos sob a bandeira que temos erguido, da luta, do compromisso, do combate que continuaremos travando para que todos e cada um dos genocidas vá para trás das grades'', diz o texto.

O ministro da Justiça, Segurança e Direitos Humanos, Aníbal Fernández, denunciou na sexta-feira os juízes implicados na medida. Afirmou que estes adotam ''uma das piores atitudes conservadora que o Poder Judiciário pode ter''.

Fonte: Prensa Latina (http://www.prensa-latina.cu)