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Governo economiza R$ 150 milhões com uso de software livre

O orlamento do governo federal tem sido aliviado nos últimos anos na área de licenças de software. Em uma feira de software livre realizada na semana passada no Rio de Janeiro, a Free Software Rio, o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, disse para o jo

“Só com o Expresso (solução livre de email, agenda, catálogo e fluxo de trabalho) foram economizados R$ 30 milhões, e olhe que ele ainda está sendo instalado”, diz Mazoni.



“Já está no Serpro, grande parte do Ministério da Fazenda, Presidência da República, Fundação Chico Mendes… Quando estiver no governo como um todo, a economia será bem maior”, comemora.



O Serpro está fazendo um novo levantamento sobre o uso de software de código aberto no governo, que deve estar pronto até o fim deste mês. Segundo Mazoni, além do próprio Linux nas estações de trabalho dos órgãos públicos, as estrelas entre os programas livres usados são o escritório eletrônico representado pelo BrOffice (com processadores de textos, planilhas, apresentações etc), sistemas de bancos de dados como o Postgres, e aplicações desenvolvidas na linguagem Java, “que não nos obrigam a ter um sistema operacional proprietário nas máquinas”.



“Temos um sistema estruturante próprio (framework), e se isso fosse proprietário custaria uns R$ 20 milhões. Seu uso gera economia direta, e isso sem falar dos programas e soluções desenvolvidos com suas ferramentas”, diz.



“Por isso, as políticas de incentivo em TI devem fazer com que o sistema de desenvolvimento de programas siga a lógica do software livre, uma lógica de cooperação em que o trabalho seja remunerado, e não os royalties”, reafirma.



“Ao fazer essa opção, o governo sinaliza um caminho diferente para a indústria e o comércio, em que a evolução tecnológica anda de mãos dadas com a evolução do conhecimento — e da própria sociedade, o que é no fim das contas o objetivo principal da filosofia do free software” conta.