Jô Moraes firma compromisso com as Forças Armadas

Durante sessão solene do Congresso Nacional para comemorar o Dia do Marinheiro, realizado no plenário do Senado, a deputada federal e líder do PcdoB na Câmara, Jô Moraes (MG) não só defendeu uma melhor remuneração para as Forças Armadas, quanto, em nom

Trata-se de um projeto de ações de médio e longo prazos visando restaurar a estrutura nacional de Defesa, inserindo a temática na agenda nacional. O propósito é o de reorganizar e aparelhar as Forças Armadas; capacitar,organizar, equipar tecnologicamente e dar sustentatibilidade à indústria nacional de Defesa e preparar um sistema de Mobilização Nacional onde se insere o Serviço Militar obrigatório, em novos moldes.



O Plano Plano Estratégico Nacional de Defesa, lembrou a parlamentar, foi elaborado pela Câmara e o Senado, juntamente com o governo brasileiro e com os demais comandantes.
 
Memórias


Num pronunciamento bastante emocionado, Jô Moraes lembrou sua mãe e a infância em Cabedelo: “ Eu vim de uma cidade portuária, a cidade de Cabedelo, na Paraíba; e nasci sob o acalanto do “Cisne Branco”, era isso que minha mãe sabia. Também brinquei sob a orientação da música “Leva a nau catarineta com toda a tripulação”. Tempos do tempo do passado.


 


Eu vim também de um Estado, que é o Estado de Minas Gerais, que é minha segunda terra, onde não tem mares para lhes acolher. Queríamos nós, disponibilizar a vocês um espaço para fazer exercícios lá”, discursou”.


 


A proposta que trata da remuneração das Forças Armadas está na Medida Provisória 2215/01 e segundo o presidente do Senado, Garibaldi Alves, será colocada em votação, na próxima sessão conjunta das duas Casas legislativas.



O “Cisne Branco”, que é o Hino da Marinha do Brasil, foi executado durante a solenidade pela Banda de Fuzileiros Navais da Força.



Pronunciamento


 
Aqui, a íntegra do discurso da deputada federal Jô Moraes:


“Contaminemos as posições, eu à esquerda, pela posição em favor do Brasil, em favor da democracia, dos trabalhadores e das Forças Armadas;
Caro presidente em exercício, Excelentíssimo Senhor senador Augusto Botelho, Excelentíssimo Senhor almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha; Excelentíssimo Senhor general de Exército, Enzo Martins Peri; Excelentíssimo Senhor tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito; Senhor Chefe-do-Estado-Maior da Marinha, João Afonso Prado Maia de Faria, almirante-de-esquadra; Senhor Aurélio Ribeiro da Silva Filho, almirante-de-esquadra, Senhor Marcos Martins Torres, almirante-de-esquadra. Senhores almirantes, generais e brigadeiros. Oficiais e praças da Marinha do Brasil, do Exército; senhores adidos culturais, senhores assessores parlamentares,


Eu vim de uma cidade portuária. A cidade de Cabedelo, na Paraíba, e nasci sob o acalanto do “Cisne Branco”, era isso que minha mãe sabia. Também brinquei sob a orientação da música “Leva a nau catarineta com toda a tripulação”. Tempos do tempo do passado.


Eu vim também de um Estado, que é o Estado de Minas Gerais, que é minha segunda terra, onde não tem mares para lhes acolher. Queríamos nós, disponibilizar a vocês um espaço para fazer exercícios lá. Mas, eu vim também e falo aqui em nome de uma bancada da qual se apresenta aqui o deputado Edmilson Valentin, a deputada Vanessa Grazziotin. Como líder do PCdoB, um partido que tem a mais absoluta convicção que as Froças Armadas nacional cumpre o mais definitivo papel de defesa da soberania deste país. O partido que tem a convicção de que estão nesta mesa aqueles que passam o dia-a-dia, minuto a minuto, buscando a melhor forma de defender essa pátria que nós todos queremos ver desenvolvida, democrática e com igualdade. Por isso, quero dizer a todos que estão aqui: Na minha infância eu tinha uma preocupação, a preocupação que era a da solidão do marinheiro, quanto tempo passava longe da família. Do jovenzinho. Uma preocupação que era a ausência das mulheres na Marinha. Era uma inquietação que eu vejo que hoje já se supera cada vez mais.  Que eu vejo que no anúncio que está ai do ingresso na Marinha, pelo menos no corpo auxiliar: elas estão aí presentes para se incorporar nessa função.


Digo isso, porque o Brasil neste momento enfrenta seus maiores desafios. De um lado, o desenvolvimento autônomo frente a uma crise mundial. Desafio que evidentemente tem de ser enfrentado com as medidas que o governo brasileiro toma hoje, mas também sem perder a perspectiva estratégica de construir este país com as medidas necessárias para que o futuro dele esteja assegurado. Não apenas na sua auto sustentabilidade, não apenas numa paz social que venha da falta de conflitos e desigualdade, mas sobretudo num país que construa a compreensão que esse seu futuro desenvolvido, progressista, democrático, sobretudo, onde a pluralidade de idéias, de concepções, seja um espaço de construção. Mas, um país que ofereça aos jovens de 15 anos, como Joaquim Marques Lisboa, a oportunidade de se dedicar a Pátria. Mas que materialize esse processo no Plano Estratégico Nacional de Defesa que essas duas Casas, juntamente com o governo brasileiro e com os demais comandantes, pode oferecer.


Faço aqui um compromisso do Partido Comunista do Brasil de estar fortalecendo, não apenas os pleitos de uma política estratégica aprofundada e adequada inserida num mundo em conflito, mas sobretudo a possibilidade imaterial de que esses marinheiros, que as mulheres que integram as Armadas, os comandantes, os oficiais os fuzileiros, os intendentes  tenham as condições materiais de viverem a melhor vida que este país possa dar-lhes para que eles possam oferecer ações na sua defesa.


Parabéns à Marinha Brasileira”.


De Belo Horizonte,
Graça Borges