UNEGRO realiza seminário no Pará

O seminário, para além da comemoração do dia da consciência negra, tem como tarefa atualizar o debate sobre o racismo no Brasil e em particular na Amazônia, assim como discutir a eficácia dos instrumentos criados ao longo dos anos por governos (políticas públicas) e movimentos sociais (bandeiras de lutas) se tais ações têm contribuído para o enfrentamento do racismo e a inclusão social dos negros.

Devemos ressaltar que esse evento ocorre em um momento de avaliação das ações públicas e/ou organizadas pela sociedade civil que foram criadas para combater à desigualdade racial como, por exemplo, a Lei 10.639, de 2003 que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas nas escolas, programas que prometem elevar a escolaridade, o Brasil Quilombola, a política de cotas para negros em diversos espaços da sociedade, o Trabalho Doméstico Cidadão e  em relação aos quilombos, o investimento, por parte do governo, de R$ 2 bilhões para titulação de terras quilombolas,a implantação de serviços de saneamento nas áreas e a qualificação profissional.

Qual a avaliação da sociedade civil organizada sobre essas ações?O que é mais importante para esse momento: avançar para consolidar as ações postas até em tão? Ou propor mais ações? Sem ter a pretensão de definir qual caminho seguir, mas com o compromisso de contribuir nessa questão o Seminário: “Ações de Combate ao Racismo na Amazônia”deve produzir um documento com diretivas que se juntarão a outras que buscam contribuir na definição de rumos para as ações que visam o combate ao racismo no Brasi e em particular no estado do Pará.

 
De Belém,
Vanderlei Maciel