Professores entram em greve e pressionam por piso salarial

Os professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul entraram em greve por tempo indeterminado. Cerca de 10 mil trabalhadores de todo o estado decidiram pela paralisação em assembléia geral realizada na última sexta-feira (14), no Ginásio Gigan

A 1ª vice-presidente do Cpers Sindicato, Neida Oliveira, explica que o estopim para a greve foi a proposta de piso salarial enviada à Assembléia Legislativa na terça-feira passada (11) pela governadora Yeda Crusius. Apesar do valor de R$ 950,00 ser o mesmo do que o estipulado na lei federal, a proposta estadual tem diferenças cruciais. O projeto determina que os R$ 950,00 já incluem as vantagens do plano de carreira. Na lei aprovada pelo presidente Lula, o valor é o vencimento básico do professor, sobre o qual incidem os benefícios. A diferença, diz Oliveira, é que a proposta de Yeda cria um ‘teto salarial’ e não um piso.


 


Na verdade mascara a aplicação do piso nacional criando um teto de R$ 950,00. E no argumento ela já coloca que quer mudar nosso plano de carreira. E o nosso plano é o melhor do Brasil. Foi ele que garantiu que nossos professores tivessem curso superior”, explica.


 


Os professores exigem que a governadora Yeda Crusius retire o projeto de piso estadual encaminhado para avaliação dos deputados na Assembléia e aceite a lei federal. No entanto, o descontentamento com a política do governo atual para o setor já vem desde 2007, com o corte de orçamento para a educação, a enturmação e o fechamento de escolas.


 


A assembléia dos professores, marcada para as 13:30h, iniciou quase uma hora depois. Todas os discursos de lideranças durante a reunião foram a favor da paralisação. Encerrada a assembléia, os trabalhadores seguiram em marcha ao Palácio Piratini, onde realizaram um ato público que encerrou pelas 18:30h. Policiais da Brigada Militar acompanharam a movimentação e fizeram um cordão de isolamento em frente ao palácio, mas não houve conflito.


 


A greve do Cpers recebeu o apoio de sindicatos de outras categorias, entre elas as associações de classe da Brigada Militar.



 
Agência Chasque