Aracaju: proteção social leva cidadania à população carente

“A maior obra que um prefeito pode realizar não é de concreto, de tijolo ou cimento, mas aquela capaz de oferecer melhores condições de vida às pessoas que realmente necessitam. Proteção social não é assistencialismo nem favor, é um direito do cidadão”. E

São diversos programas desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida das pessoas de todas as idades. Nos últimos dois anos a Prefeitura de Aracaju passou de dez para 14 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e a perspectiva é construir mais três nos próximos anos, sendo um no Coqueiral, outro no Santa Maria e mais um no São Conrado. O número de famílias beneficiadas com o Bolsa Família saltou de 20 mil para 26 mil.


 


O que mais chama a atenção na atual administração é que a política em execução não apenas dá o peixe, mas principalmente ensina a pescar. Num forte programa de inclusão produtiva que oferece gratuitamente cursos profissionalizantes e ajuda na inserção ao mercado de trabalho, cerca de seis mil famílias saíram da faixa de pobreza e não precisam mais do Bolsa Família.


 


Rosineide da Silva Rocha é moradora da Rua Hélio Santana, 84, no bairro Cidade Nova, e sentiu na pele os efeitos desta proteção social disponibilizada pelo Bolsa Família. “Durante dois anos e quatro meses eu recebi o cartão, que foi fundamental para ajudar no sustento das minhas duas filhas. Aquele dinheiro certinho todo mês dava uma tranqüilidade muito grande” contou.


 


Depois de ter aberto um salão de beleza em frente a sua casa, na última quinta-feira, 4, Rosineide foi devolver os cartões do Bolsa Família. “Foi muito bom estar neste programa, mas agora graças a Deus nós não precisamos mais e eu devolvi para abrir novas vagas para quem realmente precisa”, comemorou a cabeleireira.


 


O trabalho realizado nesta área mereceu até um comentário entusiasmado da secretária de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Menezes, que disse ser a Prefeitura de Aracaju é a única em Sergipe a implementar as políticas do Sistema Único de Assistência Social (Suas). “Muito nos orgulha a parceria que desenvolvemos com a Prefeitura na área da assistência social. Edvaldo não apenas manteve o trabalho que vinha sendo desenvolvido por Marcelo Déda como o ampliou e nós iremos ajudar a ampliar ainda mais”, enfatizou.


 


A piauiense Maria do Livramento, 26, chegou há cinco anos em Aracaju e tem dois filhos. Num determinado momento a família precisou da proteção do Projeto Acolher , que ajuda moradores de rua. Depois de passaram um ano e três meses morando no projeto, eles receberam além de um teto, alimentação adequada, roupas, participaram de atividades educativas e recreativas.


 


“O projeto é minha segunda casa, até hoje quando chego para visitar eu sou muito bem recebida”, afirmou. O Acolher encaminhou seus filhos para uma creche e providenciou o Bolsa Família. Hoje Maria do Livramento refez sua vida. Trabalha num hipermercado no bairro Jardins , e se casou com Reginaldo dos Santos, que também é funcionário da mesma empresa.


 


Projetos


 


Dentre os principais projetos desenvolvidos pelo município existe o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), que oferece atividades educativas e oficinas de arte para crianças; o Pró-jovem voltado para os adolescentes com cursos profissionalizantes, teatro e dança; e o Projeto Acolher que cuida dos moradores de rua oferecendo abrigo, assistência psicológica e cursos profissionalizantes.


 


Além disso, a prefeitura implantou o Atende , em parceria com o Sindicato das Empresa de Transporte de Passageiros (Setransp), que disponibiliza transporte gratuito para portadores de necessidades especiais numa van totalmente adaptada; e o Programa de Atenção da Pessoa Idosa, dotado de oficinas, arte educação, atividade física e trabalhos manuais.


 


Salete Andrade Santana, 63, é dona de casa, tem dez filhos e quatro netos. Há sete anos é uma das participantes do Programa de Apoio a Pessoa Idosa no Augusto Franco. “Antes eu era uma pessoa amarga, mal humorada, estourava com todos e com tudo. Hoje não. Eu só tenho amor para dar”, confessou.


 


O grupo de convivência de idosos se reúne todas as quartas-feiras pela tarde e oferece cursos, atividades de lazer, recreação, além de palestras educativas com temas como a sexualidade, violência doméstica, depressão e prevenção de doenças. Nas terças-feiras é dia do coral e nas sextas pela manhã é o da educação física. “Este projeto faz a gente renascer. Mudou completamente a minha forma de me relacionar com as outras pessoas e com a vida”, ressaltou Salete.