Uma de cada quatro crianças que vive na Espanha é pobre

“O novo rosto da pobreza na Espanha é o de uma criança”, essa é a conclusão que se retira do “Relatório da Inclusão Social”, apresentado nesta terça-feira (9) pela Fundación Caixa Catalunya, de Barcelona. O estudo coloca a Espanha com as taxas de pobreza

O estudo, coordenado pela diretoria do Instituto de Infancia y Medio Urbano, Carmen Gómez Granell, e dirigido por Pau Marí Close, distingue entre pobreza moderada, alta e extrema.



A primeira é a que padece aquele que recebe menos de 6.860 euros anuais. A pobreza alta, cujos índices rondam 10,3%, está fixada em menos de 4.573 euros (40% da média) e a pobreza extrema (que alcança níveis de 5,4%) é a de quem recebem menos de um quarto da renda média nacional, isto é, cerca de 3.219 euros por ano.



Com estes parâmetros, a investigação conclui que 19,9% dos habitantes da Espanha é pobre, isto é, cerca de nove milhões de pessoas.



“Cada vez é mais comum” no país “a figura de uma pessoa excluída que nunca pensou que chegaria a esse estado”. Se trata, segundo explicou Gómez Granell, de pessoas que entram e saem da exclusão e que, em muitos casos, têm filhos. De forma concreta, o estudo afirma que na Espanha há 1,7 milhões de menores em situação de perigo.



Os filhos de imigrantes são os menores mais atingidos. Eles são os que apresentam taxas que multiplicam por dois o índice de pobreza alta entre os espanhóis e por três, quando se trata de pobreza extrema. Segundo os dados obtidos no relatório, 52% dos filhos de estrangeiros não procedentes da União Européia vivem em situação de pobreza moderada, enquanto que 32% e 28% padecem os níveis mais altos e extremos de carestia, respectivamente.


 


Fonte: Insurgente (http://www.insurgente.org)