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Parlamento indiano convoca sessão extraordinária

O Parlamento indiano iniciou nesta segunda-feira (21) uma sessão extraordinária de dois dias que submeterá a governante Aliança Unida pelo Progresso (UPA), liderada pelo Partido do Congresso, a uma moção de confiança, após perder o apoio da Frente de Esqu

A disputa das forças políticas para obter os votos mantém a opinião pública em suspense, submetida a uma avalanche de reportagens, conjecturas e comentários da imprensa e declarações de líderes e porta-vozes partidários.



Segundo se deduz desse turbilhão de informações, o panorama está mais complicado para a governista Aliança Unida para o Progresso (UPA) já que, há uma semana, optou por prescindir do apoio da Frente de Esquerda (LF), para dar continuidade ao acordo nuclear com os Estados Unidos.



Naquele momento, a UPA, liderada pelo Partido do Congresso (CP), e hoje com um governo de minoria, tinha a segurança de ter o suficiente respaldo para superar qualquer obstáculo e inclusive ganhar o voto de confiança. Mas agora está mergulhada num arriscado jogo de números.



Numa análise sobre como está a balança, o canal Times Now informa que até o meio dia de domingo, 265 deputados votariam pela UPA e 274 contra, enquanto três estão indecisos. Para a IBN-CNN, os governistas tinham 262 votos contra 268, com 11 indecisos.



A mídia informou também que três deputados não assistirão à sessão por estarem em tratamento de saúde em unidades de terapia intensiva.



Em conversa com a agência cubana de notícias Prensa Latina, um funcionário de primeiro escalão e deputado pelo governista Partido do Congresso manifestou confiança de que a UPA ganhará. Perguntado sobe o que aconteceria se ocorresse o contrário, afirmou que o premiê convocaria imediatamente à eleições.



Nesse último caso, de acordo com as leis, a UPA poderá manter-se durante seis meses como governo interino até as eleições, e ainda que alguns possam questionar a moralidade de que concretizem tratados internacionais, constitucionalmente tem o direito de fazê-lo.



No jogo de números, o Partido do Congresso tenta costurar alianças e assume compromissos para conseguir o voto de pequenos partidos regionais e deputados independentes, no quais primam os interesses e aspirações pessoais, e sempre há um preço a pagar.



O clima de tensão é tão grande que será cedida, inclusive, uma permissão especial extraordinária a seis deputados presos, condenados a prisão perpétua por seqüestro e assassinato, para que emitam seus votos na terça-feira.



O Partido Comunista da Índia (Marxista) criticou tal decisão, argumentando que mesmo que legalmente possam votar, isso cria um problema de moralidade política para o país.