Petrobras confirma refinaria no Ceará 

O sonho cearense de ter uma refinaria será finalmente concretizado. A garantia foi dada pelo diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que esteve ontem no lançamento da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef

“Eu estive no Ceará para negociar e está confirmado. Até já definimos a área lá no Pecém. Agora falta acertar o fornecimento de água e energia elétrica e o Estado doar a área onde vai ser construída a refinaria”, afirmou Paulo Roberto Costa. A refinaria cearense terá uma capacidade de processar 300 mil barris de petróleo por dia. “Estamos finalizando esses pontos mas acredito que este mês ainda a gente faça um cronograma de ações”, acrescentou.


 


A refinaria cearense será uma das cinco novas unidades que a Petrobras quer em funcionamento até 2016. “Queremos que o Brasil seja não um grande exportador de petróleo, mas de derivados. Queremos agregar valor e gerar emprego e renda no País”, disse Costa. “Há mais de 28 anos não havia uma refinaria nova no Brasil e já estamos construindo duas das cinco que queremos. Estamos resgatando o orgulho de construir plataformas, de construir refinarias e de construir navios”, completou referindo-se ao Promef, cujos editais das licitação foram lançados ontem pelo presidente da Transpetro, Sérgio Machado.


 


Navios



A segunda fase do Programa prevê a construção de 23 navios que se somarão aos 26 do Promef I. Serão sete navios aliviadores de posicionamento dinâmico, oito para transporte de produtos claros e escuros, três para transporte de bunker (combustível de navegação) e cinco gaseiros. “Existem cerca de 9.600 navios no mundo e o Brasil possui a décima carteira. Quando esses navios estiverem prontos, subiremos para a sexta posição. A indústria naval brasileira estava parada há 20 anos e o nosso desafio é levar o Brasil novamente a ocupar uma posição de destaque com uma indústria naval que tenha continuidade, por isso ela precisa ser competitiva internacionalmente”, afirmou Machado.


 


A construção das embarcações previstas pelo Promef II vão demandar pelo menos 220 mil toneladas de aço e gerar 16 mil empregos até 2015. “Vamos movimentar a indústria como um todo porque vamos precisar do tapete à chapa de aço e à tinta. No caso do aço, esperamos que as siderúrgicas brasileiras possam oferecer o produto com o preço operado no mercado asiático, que é 30% inferior ao nosso”, disse. De acordo com o presidente da Transpetro, o País tem a capacidade de construir 30 navios por ano, mas a idéia é que seja duplicada nos próximos anos. “Tem muita demanda com o pré-sal e o etanol. Nós também já temos encomendas de outros países. Esse é o século do Brasil”, finalizou o presidente da Transpetro.


 


Fonte: www.inacio.com.br