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Obama nega mudança de posição em relação a Iraque

O candidato presidencial do Partido Democrata dos Estados Unidos, Barack Obama, negou que os comentários que fez na semana passada, sobre reavaliar sua política em relação ao Iraque, tenham significado uma mudança de posição em relação à retirada das trop

“Fico surpreso de ver como cada palavra foi medida milimetricamente. Eu não disse nada de novo, nada que não havia dito há um ano, quando era senador”, afirmou Obama, em entrevista a repórteres no avião de campanha.



Obama havia dito na última quinta-feira (3) que faria uma “nova avaliação” da situação do Iraque em uma futura viagem ao país. O senador pelo Estado de Illinois disse que consultaria generais dos Estados Unidos no comando naquele país e, então, procederia a um “ajuste” de sua política.



Ele disse também que está “perplexo” pela grande repercussão de sua declaração, de que poderia rever sua proposta de retirada de tropas americanas do Iraque.



Obama defendeu durante sua campanha nas primárias a retirada das tropas americanas do Iraque até após 16 meses caso seja eleito presidente em novembro, enquanto McCain afirmou que deseja deixar as tropas no país até que a “vitória” esteja assegurada.



“Para mim, dizer que vou aperfeiçoar minhas políticas não é inconsistente de maneira nenhuma com declarações anteriores e não muda minha visão estratégica de que esta guerra tem de terminar e que vou dar um fim a ela como presidente”, disse Obama.



“Se observarem nossa posição, verão que é muito consistente”, disse ele. “Estou resoluto na minha convicção de que isso foi um erro estratégico e que esta guerra tem de terminar. Será um erro estratégico ainda maior continuar uma ocupação indefinida, do tipo que John McCain prometeu”, disse, retomando o discurso crítico sobre o rival.



Representantes da candidatura republicana retrucaram os comentários de Obama afirmando que o candidato tomou o rumo contrário ao que pregou sobre pena de morte, controle de armas, religião e política externa.



“Agora que Barack Obama mudou o curso e provou que suas posições no passado não passavam de discurso vazio, nós gostariamos de congratulá-lo por aceitar o posicionamento equilibrado de John McCain nesta questão de segurança nacional”, ironizou Brian Rogers, um porta-voz do senador por Arizona, em um discurso realizado semana passada.



Obama disse que sua disposição em considerar as mudanças em campo e as ramificações em potencial da retirada revelam um “contraste absoluto” com a posição do impopular presidente George W. Bush.