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BH: Pimentel (PT) confirma apoio a candidato de Aécio (PSDB)

Apesar de vetada pela Executiva Nacional do PT, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, anunciaram em um encontro realizado na tarde desta quarta-feira (10), que não vão mudar de idéia e que con

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), anunciaram ontem, em Belo Horizonte o apoio ao ex-secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Lacerda, como pré-candidato do PSB à prefeitura da capital mineira. A decisão contraria a Executiva Nacional do PT, que vetou por duas vezes a coligação formal entre PT e PSDB.



O anúncio aconteceu depois de um encontro entre Aécio e Pimentel no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador. “O prefeito Pimentel e eu chegamos à conclusão de que é muito importante que déssemos continuidade à sua administração. Essas questões internas partidárias (veto da Executiva), se é dessa ou daquela forma, informal ou formal são coisas que os partidos devem decidir”, disse Aécio Neves.



O governador tucano, afirmou, no entanto, que de sua o apoio a Márcio Lacerda será formal, independentemente de decisões partidárias. “Da minha parte, não há informalidade. O meu apoio ao Márcio Lacerda será formal, é o apoio de um militante político. A dimensão desse apoio é a população que vai avaliar. Eu não sou dirigente partidário, eu não faço convenções. Eu apenas estou externando que Minas Gerais e Belo Horizonte estão prontas para um grande gesto de entendimento, de convergência, de generosidade”, disse o governador.



Para justificar sua decisão, Aécio citou pesquisas que indicariam que mais de 80% da população quer a continuidade da parceira em BH. “Eu quero ter uma grande aliança com os partidos políticos que queiram, que tenham condições de interpretar o sentimento dos mineiros. As pesquisas mostram de maneira absolutamente clara que mais de 80% da população quer a continuidade dessa parceira. Rompê-la para atender a vaidade de um ou de outro partido, de um ator político que está a centenas de quilômetros de distância da nossa realidade, como eu disse, a léguas, a milhares de milhas de distância do nosso sentimento, da nossa alma, isso não é atender à população de Belo Horizonte.”



Aécio falou ainda da repercussão do assunto no país e ironizou o veto do PT nacional. “Eu devo agradecer pelo menos um dos efeitos dessa ação que, repito, ou dessa visão míope do processo. Deram à eleição de Belo Horizonte uma extraordinária dimensão nacional, se tornou, talvez, a mais importante eleição municipal do país e deram uma grande contribuição que eu não seria capaz de solitariamente fazer: tornaram o nosso candidato, que não tinha militância política, como o homem mais conhecido de Belo Horizonte hoje.”



Logo após a decisão ser divulgada, o prefeito Fernando Pimentel se reuniu, na sede da prefeitura de Belo Horizonte, com o deputado Roberto de Carvalho, pré-candidato do PT à vice na chapa de Lacerda.



Pimentel avisou a Carvalho a conversa que teve com o governador e declarou não estar preocupado as decisões venham a ser tomadas por PT e PSDB nas convenções municipais, que serão realizadas ainda neste mês. “O governador falou de maneira conclusiva, nós estamos juntos nesse processo. Um processo que tem como horizonte a cidade de Belo Horizonte”, disse.



Nem todos no diretório do PT em Belo Horizonte defendem a aliança. Lideranças nacionais do partido reuniram-se na segunda-feira com petistas da capital mineira contrários à coligação para definir as estratégias a serem adotadas na convenção de sábado, que definirá a posição a ser encaminhada à Executiva Nacional.


 


Caso a decisão seja contrária à determinação do Diretório Nacional, de não fazer aliança com PSDB e PPS na cidade, a direção do partido não descarta a possibilidade de intervenção.



Da redação,
com agências