PPS-Porto Alegre aprova coligação com Manuela (PCdoB)

A  jornalista Rosane de Oliveira, editora de Política do jornal Zero Hora, comentou em seu blog: “É uma derrota avassaladora do grupo que queria a aliança com o prefeito José Fogaça (PMDB) e dos que à última hora tentaram criar uma alternativa indicando Paulo Odone como candidato a prefeito”.

Odone: “Não sou candidato a nada”

A aliança com Fogaça tinha como maior defensor no PPS o ex-deputado estadual, ex-secretário municipal de Governança e hoje secretário estadual da Casa Civil, Cezar Busatto. Já a outra alternativa foi buscada pelo PSDB, com ofertas de maior participação na equipe da governadora tucana Yeda Crusius, mas esbarrou numa posição “muito pessoal e firme do próprio Odone.

“Não sou candidato a nada nessas eleições”, disse o presidente do Grêmio nesta segunda-feira, à edição eletrônica do mesmo jornal. E agregou que “a tendência ainda é a coligação com Manuela” – ainda que a jovem deputada comunista não perca um jogo do Internacional, rival número um do Grêmio no futebol gaúcho.

“Quanto mais conheço, mais gosto”

Outro membro do PPS-RS que trabalhou pela proposta vitoriosa nesta segunda-feira foi o deputado federal Nelson Proença. Em entrevista ao Jornal do Comércio, que figurava ontem no site estadual da sigla, Proença foi incisivo ao declarar seu apoio a Manuela:

“Quanto mais conheço e convivo com ela, mais gosto. Ela tem muito conteúdo e maturidade para a idade que tem. É um quadro partidário que traz uma grande esperança de renovação na política do Rio Grande do Sul. A campanha eleitoral vai mostrar que ela é muito mais do que carisma, simpatia e um rosto bonito. Ela não tem preconceito, transita muito bem e conversa com todos”, disse o deputado. “É entusiasmante ver a aceitação que a Manuela tem pela população de Porto Alegre. Se fosse o prefeito José Fogaça ficaria muito preocupado”, agregou.

Além do PPS e do PCdoB, as negociações em apoio à candidatura de Manuela envolvem o PSB e o PR.

A última pesquisa do instituto Ibope, divulgada em 5 de abril, mostrava uma disputa embolada na capital gaúcha: numa sondagem com margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, um primeiro bloco incluía Fogaça (25%), a deputada Maria do Rosário (PT, 20%) e Manuela (17%). Em um segundo bloco vinham os também deputados federais Luciana Genro (Psol, 9%) e Onyx Lorenzoni (DEM, 8%). Nas projeções de segundo turno, Fogaça ficava três pontos percentuais atrás de Rosário e cinco pontos abaixo de Manuela.

Da redação, com agências