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Para Rafael Correa, Uribe tem pretensões de imperador

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse neste domingo (27) que o mandatário da Colômbia, Álvaro Uribe, tem “pretensões de imperador” e pediu que o presidente colombiano “vá mandar na sua casa” porque o Equador “não fará o menor caso”.

Correa disse que Uribe é o único presidente, tanto na Colômbia quanto na América Latina, que chama as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de terroristas e considerou que ele tenta envolver em sua “política bélica” o restante dos países da região.



“Por favor senhor Uribe, mande na Colômbia, aqui vamos mandar nós, equatorianos. Esqueça daqui, não vamos agüentar nenhum senhor com pretensões de imperador, nenhum governo da América Latina classifica como terroristas as Farc e nenhum governo antes de Uribe”, disse Correa.



O presidente explicou que Uribe tem “pretensões de imperador” porque enquanto o governo anterior do presidente Andres Pastrana iniciou um processo de diálogo com as Farc, ele chegou ao poder com o propósito de aniquilar a guerrilha.



“Antes, Andres Pastrana se reuniu com Marulana, lhes deu um território protegido para as Farc iniciar as conversas de paz e a ninguém sabia que ele estava com as Farc. Vem Uribe, com sua política de guerra e diz: eu vou aniquilar com as Farc e as chamo de terroristas. E agora quero que todo mundo sai a sua política”, disse o presidente equatoriano.



Correa também negou que suas declarações para um veiculo da imprensa venezuelana sobre outorgar status de beligerante às Farc tenham sido “tiradas de contexto”. “Desta entrevista se aproveitaram certos meios de comunicação controlados por Uribe para tirar de contexto minhas palavras. Eu não quero dar explicações ao governo de Uribe e para seus veículos de comunicação, mas sim ao povo equatoriano”, disse Correa.



Ele insistiu que sua declaração foi no sentido de que o Equador deixaria de reconhecer as Farc como um “grupo irregular” para reconhecer como um de “força beligerante”, ou seja, “como um ator político válido” se forem “respeitados os códigos de guerra, que tenham um território controlado e um exército organizado e disciplinado porque são as condições segundo o direito internacional para nominar um grupo subversivo como beligerante”.



“Só assim poderíamos considerá-las [as Farc] como beligerantes, ter uma conversa com elas e procurar uma saída pacifica para essa guerra na Colômbia”, disse Correa.



Fonte: Ansa Latina