Policiais reclamam de ter levado calote de Yeda
Policiais civis do Rio Grande do Sul dizem ter levado mais um calote da governadora Yeda Crusius. Agora em Março, a categoria não recebeu o reajuste de 1,7% da matriz salarial, como determina a legislação estadual. Em dinheiro, o aumento corresponderia
Publicado 04/04/2008 07:08 | Editado 04/03/2020 17:11
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (UGEIRM), Isaac Ortiz, relata que a matriz salarial da categoria foi reajustada, pela última vez, no governo de Germano Rigotto. Na época, os policiais receberam um aumento que variou de 2% a 6%.
“Nós estamos chamando de calote porque além de ser uma miséria, de ser um reajuste quase depressivo, ela ainda nos dá o calote de não pagar em dia. Faz dois anos que estamos brigando por um ‘gatilho’, mas a governadora não quer aprová-lo”, diz.
O aumento da matriz salarial dos trabalhadores em Segurança é calculado a partir do resultado fiscal anual do Estado. Caso seja negativo, os trabalhadores ganham até 2% de aumento. Em caso de arrecadação positiva, como ocorreu agora em 2008, o governo calcula o índice de reajuste.
No entanto, Ortiz aponta um problema ainda mais grave para a categoria: o pagamento das horas-extras, que está em atraso desde Janeiro. O sindicalista também critica a nova redução, de 50%, na cota de horas-extras dos policiais. “Vamos fazer um movimento forte para Abril pra que se retome essa luta das horas-extras. Tu és obrigado a cumprir mais de 40 horas-extras, mas recebe apenas a metade, e assim mesmo com atraso”, afirma.
A Secretaria da Fazenda afirma que precisa de uma determinação da governadora Yeda Crusius para se manifestar sobre o reajuste.
Chasque