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Cuba não 'canta vitória' e diz que crise nos EUA preocupa

Sem “cantar vitória” pelas atuais adversidades do “império”, a televisão pública cubana admitiu na sexta-feira (25) que há uma real crise econômica nos Estados Unidos, “já desatada”. Segundo a emissora, a crise é motivo de preocupação para o mundo e para

O comentarista da rede pública, Ariel Terrero, disse, durante o primeiro noticiário do dia, que “os valores das bolsas continuam caindo” mesmo com as medidas assumidas pelo “país vizinho”. Essas dificuldades geram, a longo prazo, um “decrescimento da economia” e uma posterior recessão.


 


De acordo com Terrero, as conseqüências para a ilha podem vir talvez da China ou da Venezuela. Mas ele acredita que a fortaleza da economia chinesa pode colaborar para segurar a crise através de seu forte comércio — em crescimento — com o mercado norte-americano.


 


Contudo, o apresentador alertou que tal conjuntura pode ocorrer “de maneira inversa”. Ou seja, a recessão nos Estados Unidos poderia “desacelerar” também a dinâmica econômica asiática, com repercussões negativas para Cuba — que possui alto nível de cooperação e comércio com a China.


 


Ariel Terrero comentou também o que poderia significar essa crise para as exportações petroleiras da Venezuela ao país de George Bush — o maior cliente mundial do combustível de Hugo Chávez. Cuba poderia ser mais uma vez afetada, já que desenvolve muitos programas de integração e comércio com os venezuelanos.


 


Em um mundo tão inter-relacionado como o atual, a indústria turística também poderia receber um duro golpe com a recessão norte-americana, segundo a análise de Terrero. O apresentador lembrou que a ilha tem, no turismo, um dos maiores ingressos de divisas anuais, com cifras superiores aos US$ 2 bilhões.